DA REDAÇÃO: Recuperação do mercado financeiro contribui para altas da soja em Chicago

Publicado em 13/02/2012 12:35 e atualizado em 13/02/2012 15:36
Grãos: Cenário financeiro mais positivo, falta de chuvas na América do Sul e frio intenso no leste europeu dão suporte positivo aos preços nesta segunda-feira. Reação da demanda norte-americana deve resultar em altas mais expressivas para o mercado.
O cenário de recuperação do mercado financeiro traz um bom começo de semana para a soja na Bolsa de Chicago. O ambiente melhor veio com a notícia da aprovação pelo parlamento grego de um pacote de austeridade fiscal. Assim, o mercado mostra viés positivo sustentado pelo financeiro e, no campo dos fundamentos, pelas perdas na safra sul-americana e o forte frio no leste europeu, que já dura duas semanas.

Diante das últimas previsões climáticas desfavoráveis para a safra da oleaginosa, como chuvas em excesso no centro-oeste brasileiro, os números da quebra na colheita ainda não estão fechados. “O prognóstico de clima para os próximos dias não é positivo, tem mais coisas para acontecer ainda”, diz Flávio França Jr. analista da Safras & Mercado.

De acordo com França, o tamanho da safra sul-americana estaria superestimado pelo Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). “O Usda foi conservador, principalmente para o Brasil”, diz. Se esse raciocínio estiver correto, a tendência para as próximas semanas é um ajustamento para baixo nos números de safra do país.

Tal movimento poderia afetar a demanda dos Estados Unidos, algo muito aguardado, pois ajudaria na retomada dos preços da soja em Chicago: “tudo gira em torno da questão da demanda norte-americana”, afirma. Essa falta de reação é o que tem impedido altas mais fortes e, enquanto isso, “o mercado fica com viés de alta, mas não reage de maneira significativa”, diz.

Nesta segunda-feira (13), soube-se de uma venda de 120 mil toneladas dos Estados Unidos para um destino não determinado. Novidades como essas indicam que os preços tendem a subir e, com o financeiro atualmente melhor, não deve haver espaço para o mercado recuar.

Por: João Batista Olivi e Fernanda Cruz
Fonte: Notícias Agrícolas

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