DA REDAÇÃO: Cotações do café registram novas perdas em NY

Publicado em 13/03/2012 13:24 e atualizado em 13/03/2012 14:44
Café: cotações despencam em N. York e perdem patamares importantes no mercado físico brasileiro. Pressão baixista veem de notícias de supersafra no Brasil e estoques mundiais abastecidos, também acompanhando macroeconomia global. Falta política para cafeicultores brasileiros acompanharem as oscilações do mercado com lucros.
Os contratos futuros do café arábica negociados na Bolsa de Nova York (NYBOT) novamente registram perdas ao longo da sessão desta terça-feira, 13. Tecnicamente, o mercado continua se mostrando efetivamente baixista nas últimas sessões diante das vendas especulativas e de fundos.

Com a perspectiva de uma safra considerável do Brasil e al recomposição de estoques mundiais, a bolsa nova-iorquina vê o predomínio de baixistas, que conseguiram romper facilmente vários suportes ao longo dos últimos dias, derrubando os preços.

Para o presidente da Sincal, Armando Matielli, houve falta de políticas e técnicas para conter a baixa dos preços com o anúncio das estimativas para a safra brasileira. "Quando nos anunciamos a previsão de uma safra recorde nós deveríamos ter técnicas para poder fazer uma determinada regulagem de fluxos, ter algum aparato para poder regular o preço. Não foi feito", comenta.

Em setembro de 2011, as exportações brasileiras de café apresentaram aumento significativo, já que indústrias ainda obtinham vantagens de créditos de PIS/Cofins. "Eles fizeram o máximo de negócios, se abasteceram e, os estoques mundiais, que estavam em 19 milhões de toneladas foram para 26 milhões de sacas. Tanto os exportadores quanto importadores estão fazendo de tudo para jogar o preço para baixo e entrar na safra comprando café barato", enfatiza.

Na visão de Matielli, os cafeicultores brasileiros devem se organizar e acompanhar as oscilações do mercado, visando o lucro com a média de suas vendas.

Por: João Batista Olivi e Marília Pozzer
Fonte: Notícias Agrícolas

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