DA REDAÇÃO: Liones Severo acredita que preços da soja em Chicago deverão cair no mês de abril

Publicado em 04/04/2012 13:44 e atualizado em 04/04/2012 16:15
Soja: mercado se consolida na alta diante da menor oferta dos estoques mundiais. Cenário de escassez pode ser prolongar pelos próximos 2 ou 3 anos, com tendência de preços sustentados na alta, afirma analista. Volatilidade também acompanhará o mercado nesse período.
Ao fazer um levantamento dos preços da soja em todo mês de abril durante os últimos 40 anos, a constatação de Liones Severo, operador de mercado, foi de que uma queda neste período será inevitável.  Liones já havia previsto a elevação atual nas cotações da oleaginosa na CBOT no dia 25 de janeiro, quando os preços beiravam os US$ 12/bushel e todos acreditavam numa queda ainda maior.

Agora, ele prevê que o mercado descontará as altas adquiridas nesses últimos dois meses justamente em abril.  Liones se baseia no desempenho do petróleo, que, de acordo com ele, é seguido por grande parte das commodities agrícolas. E nesta quarta-feira (4) ele atribuiu as altas ao navio de soja encalhado no canal de São Pedro, Argentina, que pode ter suas exportações travadas devido ao problema. Isso trouxe um “impacto muito grande para o mercado”, afirma.

No longo prazo, a situação grave de falta de soja no mundo garantirá preços altos por dois ou três anos, no mínimo. Esse é o tempo que as safras da oleaginosa levam para se recompor após uma quebra. Obviamente, haverá muita volatilidade, como desta quarta-feira, mas os preços altos devem permanecer durante os meses subseqüentes.

Por: João Batista Olivi e Fernanda Cruz
Fonte: Notícias Agrícolas

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