DA REDAÇÃO: Boa condição das lavouras dos EUA e expectativa de aumento da safrinha pressionam mercado do milho

Publicado em 05/06/2012 13:50 e atualizado em 05/06/2012 15:28
Milho: clima favorável nos EUA e aumento na expectativa de produção da Conab ajudam a derrubar ainda mais os preços em Chicago. Mesmo com previsão para geadas no sul o Brasil, perdas não serão suficientes para diminuir volume recorde de produção.
Terça-feira negativa para as negociações futuras do milho. Os contratos negociados na BM&F e na Bolsa de Chicago sentem o reflexo do relatório de acompanhamento de safra dos Estados Unidos, que apontou um bom desempenho das lavouras norte-americanas. Além disso, as estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) de um aumento de quase 3 milhões de toneladas na segunda safra de milho do Brasil também é um fator determinante para as baixas.

"Mesmo com indicativo de que pode haver geadas leves nas lavouras do oeste do Paraná, o mercado não está dando muita importância", comenta o analista de mercado, Vlamir Brandalizze.

A estimativa é de que menos de 20% das áreas produtoras do Paraná poderiam sofrer algum tipo de perda na ocorrência do fenômeno climático. "Tem uma expectativa próxima de 33 milhões de toneladas nessa safrinha e isso, pro Paraná, vai resultar no máximo em perdas de 1 milhão de toneladas, num Estado que inicialmente previa colher cerca de 7 milhões de toneladas e hoje já se fala em até 10,5 milhões de toneladas", acrescenta.

Na visão de Brandalizze, o mercado interno deve operar balizado com os níveis de preços internacionais daqui para frente. Após a colheita da safrinha nas próximas semanas, o mercado deve estar focado, principalmente, no clima norte-americano. Se o cenário de poucas chuvas e temperaturas em elevação perdurar nas áreas produtoras norte-americanas, o mercado tende a ganhar suporte positivo. "Nós vamos trabalhar na faixa de R$ 25,50 a R$ 26,50 para o milho de exportação e o mercado interno vai ter que se adequar a esses níveis.", aposta.

Por: Kellen Severo e Marília Pozzer
Fonte: Notícias Agrícolas

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