MERCADO FORA DAS BOLSAS: Confira a análise sobre os principais produtos fora da bolsa com Aleksander Horta - Jornalista

Publicado em 20/06/2012 13:09 e atualizado em 20/06/2012 15:36
Oferta de feijão carioca nota 8 ou menos deve aumentar nos próximos dias, com produto colhido no Paraná e isso pode limitar novas altas nos preços.
Feijão carioca: O mercado de feijão carioca ficou mais firme nestes últimos dias. Início da semana é comumente marcado por um número menor de compradores presentes nos pregões e os preços tendem a ficar estáveis. Foi o que aconteceu hoje, o tipo extra, de melhor qualidade, não chegou a ser negociado e os demais tipos permaneceram com os mesmos preços. Os compradores presentes evitaram fechar negócios porque a maior parte do feijão ofertado era do tipo mais comercial do grão. O feijão recém colhido ofertado na bolsinha continua sendo proveniente dos estados de Minas Gerais e São Paulo. Já no Paraná as chuvas deram trégua, mas segue sendo volumosa a quantidade feijão que precisa passar pelo secador. E segundo a Correpar, serão necessários cerca de 20/30 dias para que escoe a maior parte deste volume de produto comercial. E isso pode limitar as altas nos preços. Para a próxima safra, a expectativa é de redução na área, em função da concorrência com a soja, que tem preço melhor e custo mais barato para o produtor.

Leite: O Conseleite PR prevê para maio uma leve alta nos preços, com 0,22% de aumento. O valor projetado para o pagamento de maio é de R$ 0,6853/L no leite padrão e para o leite acima do padrão a projeção é de R$ 0,7881/L.

O valor projetado para o mês é 6,8% menor do que o mesmo valor de maio de 2011. Este ano tem apresentado valores sem grandes oscilações, com mercado passando por uma estagnação.

Folhosas: O volume de folhosas disponível no mercado deve permanecer reduzido em junho. E com isso, a expectativa é de que as cotações da alface crespa, lisa e americana permaneçam em patamares elevados até o final do mês. Desde o início de maio, a oferta desses tipos de alface esteve baixa, o que resultou em valores significativamente elevados. O volume restrito de alface, por sua vez, é resultado da redução no plantio realizado entre março e abril e também da menor produtividade. O recuo na área plantada está atrelado aos baixos preços obtidos por produtores na safra de verão 2011/12, que desmotivaram maiores investimentos. Quanto à produtividade, esta foi prejudicada pelo clima úmido e por temperaturas amenas, que ocasionaram a incidência de doenças nas lavouras. Em maio, a caixa de 24 unidades de alface crespa foi comercializada na Ceagesp à média de R$ 24,41, alta de 109% em comparação à de abril. Os preços continuam subindo, ontem as negociações da Alface crespa especial ficaram em torno de R$25,62 a caixa.

Por: Aleksander Horta
Fonte: Notícias Agrícolas

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