DA REDAÇÃO: Novo Código Florestal ainda gera incertezas e exigências do texto são inviáveis

As dúvidas e incertezas com relação às regras propostas pelo novo Código Florestal ainda preocupam os produtores rurais. De acordo com Ronaldo Caiado(DEM-GO), a Medida Provisória 571 impõe custos e exigências difíceis de serem cumpridas, e pode ser responsável pela maior indústria de multas do país.

"Ao invés de levar a paz no campo, a Medida 571 impõe ao produtor tantas exigências e tantos custos, que daqui há um ano eu quero saber quem deu conta de cumpri-las", diz. Na opinião dele, nem todos os produtores conseguirão cercar as APP's, plantando e reflorestando as áreas. "O custo disso é altíssimo, em um segmento que está altamente penalizado".

O deputado ainda argumenta que o Governo é extremamente benevolente com outros setores da economia, mas não faz concessões ao produtor rural. O custo de todas as licenças que o agricultor deve tirar, além do manejo florestal que deverá ser feito, serão medidas de difícil aplicação e de alto custo, segundo ele.

Para Caiado, as regras estabelecidas no Novo Código deveriam ser baseadas nas características de cada região, atendendo as reais necessidades do produtor e também do meio ambiente. Caso fosse adotada essa postura, a indústria das multas seria evitada.