DA REDAÇÃO: Mercado de Commodities Agrícolas encerra o pregão com altas expressivas

O mercado de Commodities Agrícolas encerrou esta quarta-feira (18) com altas expressivas na Bolsa de Chicago.  O clima quente e seco continua deteriorando as lavouras no país, segundo relatório do USDA, apenas 34% das plantações de soja e 31% das de milho estão em boas condições. 

De acordo com o analista da NewEdge, Daniel D’Ávilla, os relatórios climáticos divulgados, mostram clima mais seco e quente, e apontam também que a temperatura média ficará em 38°C até o final do mês, do estado do Texas até a Dakota do Sul. 

Em decorrência desse cenário a expectativa é que as cotações da soja devem alcançar US$ 18 por bushel, ultrapassando os atuais US$ 16,83 por bushel negociados pelo mercado, hoje (18). 

Além disso, outro fator que impulsionou as cotações foi a notícia de que o secretário de Agricultura norte-americano teria ido conversar com o presidente, Barack Obama, e teria dito que 1297 municípios em 29 estados estão habilitados para receber ajuda do Governo. O secretário, também teria confirmado um aumento nos produtos alimentícios, até o final do ano, devido à seca.

Ainda de acordo com o analista, os produtores devem vender um pouco e ir fazendo uma média para ter um bom resultado. “Lucro bom é lucro no bolso, de repente muda as condições climáticas, o mercado cai e o produtor perde a oportunidade, então é sempre bom vender alguma coisa”, orientou D’Ávilla.

China – O país que havia comprado soja dos Estados Unidos teve que renegociar o prazo de entrega, pois a margem de esmagamento da oleaginosa está negativa na China. Segundo o analista, a tendência é que o farelo suba no mercado interno do país. “A China já comprou bem, comprou acima de 40% de sua necessidade. Está adiantada nas compras, mas o preço alto inibe a demanda, porém o Governo Chinês precisa comprar para abastecer a população”, finalizou D’Ávilla