DA REDAÇÃO: Paraná deve aumentar área de plantio da soja

Publicado em 02/08/2012 11:36 e atualizado em 02/08/2012 15:30
Coopavel: Saca de soja é comercializada em Cascavel (PR) a R$71 e milho a R$27 nesta quinta-feira. Preços seguem estáveis na cooperativa, enquanto colheita de milho safrinha avança no município. Primeira safra terá aumento na área com soja em detrimento do milho. No entanto, plantio do milho safrinha também deve crescer em 2013.
A estiagem que assola as lavouras norte-americanas contribui para a estabilidade das cotações de milho e soja no mercado brasileiro. Segundo o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, em Cascavel (PR), a saca da oleaginosa está sendo comercializada a R$ 71,00 e o cereal a R$ 27,00. 

“Os produtores já comercializaram cerca de 90% da safra 2011/2012 de soja, o que também contribui para o mercado brasileiro, e o restante será para a demanda interna”, explicou Grolli.

A expectativa é que a crise nos Estados Unidos permaneça, uma vez que, não previsões de chuvas suficientes para o país. Já no estado do Paraná os produtores estão em plena colheita da safrinha de milho, e há uma boa perspectiva de produtividade e produção.

“A produtividade no Paraná, deve ser em torno de 80 a 100 sacas por hectare, cerca de 5.000 a 6.000 quilos de milho por hectare”, afirmou o presidente.

Em decorrência desse cenário positivo, muitos produtores já compraram cerca de 80% dos insumos para a próxima safra, que será plantada a partir de outubro. 

“O produtor rural está com reservas. E agora com a colheita do milho, o produtor está aguardando para ver o que vai acontecer com a produção norte-americana, e ele está vendendo somente o necessário, mas vem de boas vendas de soja no que deu um fôlego financeiro”, explicou o Grolli.

Ainda de acordo com o presidente, há a possibilidade do aumento da área de soja, em função dos altos preços da oleaginosa no mercado. “Na safra normal soja e milho, haverá um aumento da soja e diminuição da área de plantio do milho, já na segunda safra irá aumentar a produção de milho e talvez reduzir alguma área que seria para plantar trigo”, finalizou.
Por: Ana Paula Pereira/ Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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