DA REDAÇÃO: Commodities Agrícolas operam em alta nesta segunda-feira (20)

Publicado em 20/08/2012 13:58 e atualizado em 20/08/2012 15:08
Grãos: Condição das lavouras de soja nos EUA deve ter leve melhora. Mesmo assim, perdas não serão recuperadas.Aperto na oferta ainda caracteriza mercado, que se mantém firme.Durante colheita, preços podem cair,mas não serão quedas significativas.
O mercado de Commodities Agrícolas opera em alta nesta segunda-feira (20) em Chicago. O principal fator que contribui para essa alta é a previsão de tempo mais firme e sem chuvas para os Estados Unidos.

Segundo o analista da Safras & Mercado, Flávio França Junior, nas últimas semanas, em função das chuvas na região produtora, as cotações tiveram um fôlego. “Foram chuvas leves, mas amenizou a situação das lavouras”, afirmou.

Além disso, na tarde de hoje (20) será divulgado o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) sobre as condições das lavouras.  O analista sinaliza que poderá haver uma melhora, cerca de 2%, nas plantações da oleaginosa.

“O problema é que essa semana deve ser seca, não tem previsão de chuvas e mesmo que melhore um pouquinho não vai evitar o grande aperto na disponibilidade da safra dos EUA e consequentemente na safra mundial”, disse França.

Em decorrência desse cenário a tendência é que o mercado se mantenha sólido até o próximo ano.  Para o analista, em setembro, com o início da colheita, mesmo com a quebra na safra norte-americana, o mercado pode perder um pouco de fôlego. Outro momento que também poderá pressionar as cotações em Chicago é a partir de fevereiro com a entrada da safra sul-americana.

Se a produção no hemisfério-sul for grande, poderá haver um reflexo nos preços em Chicago. França ainda afirma que em março, abril de 2013, o mercado pode trabalhar com os atuais patamares de preços – cerca de US$ 17 dólares por bushel no vencimento setembro/2012 – descontando US$ 2 dólares por bushel, que seria o degrau da soja.

“No entanto, a questão do clima é vital, o mercado entrou em uma situação crítica de abastecimento de soja e milho a nível mundial. O aumento da área de plantio da oleaginosa no Brasil é uma necessidade, o mundo precisa dessa safra cheia da América do Sul”, explicou França.

Já o milho, deve permanecer com os preços sustentados e pode buscar novas máximas. “A situação é tensa, e recomendamos que os produtores comercializem 50% da safra 2012/2013, mais do que isso é perigoso. Cerca de 40% da safra nova comprometida”, finalizou.

Por: João Batista Olivi/ Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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