DA REDAÇÃO: Soja pode chegar a US$ 20 por bushel em Chicago
“Isso em função da colheita norte-americana que oferecem risco de diminuição de safra e redução de oferta. E essa alta é prevista, sazonal e acontecem todos os anos”, disse Severo.
O operador ainda sinaliza que estamos em campo desconhecido, após os US$ 17,50 por bushel as cotações da soja podem tomar fôlego e alcançar o patamar de US$ 19 a US$ 20 por bushel. “O cenário é inédito, devido às quebras da safra dos dois hemisférios e pela forte redução de oferta em todos os grãos, então é um quadro bastante preocupante”, explicou.
Em decorrência dessa situação, as cotações devem permanecer elevadas para tentar racionar a demanda mundial. Severo afirma que a Europa já tem o limite de preços, no entanto o limite da Ásia ainda é desconhecido.
Além disso, foi confirmado ontem (20) pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), que as condições do El Niño estão se modificando, o fenômeno será de fraca intensidade e terá curta duração, o que pode afetar a produção brasileira.
“O maior problema é no Centro-Oeste onde as chuvas irão demorar em chegar com isso à janela de plantio da soja ficará mais curta impactando o plantio da safrinha, temos que ter paciência para acompanhar a evolução do clima”, afirmou o operador.
Já no Rio Grande do Sul, haverá uma migração do arroz para a oleaginosa, uma vez que não há água para as plantações do grão. Cerca de 30% das áreas do arroz e do milho serão destinadas à plantação de soja.
“Quanto à produção de soja, nós comerciais sempre adotamos o sistema de considerar que uma safra sempre tem uma porcentagem de 5 a 10% de quebra. Nos últimos 10 anos o Brasil teve nove de quebra em algum lugar, só produziu bem o ano passado”, finalizou o operador.