DA REDAÇÃO: Trigo encerra com altas de mais de 20 pontos em Chicago

Publicado em 14/09/2012 17:05 e atualizado em 14/09/2012 18:08
Trigo: mercado em Chicago encerra com altas de mais de 20 pontos nos principais vencimentos com expectativa de melhora na demanda pelo produto americano nas próximas semanas.
O trigo encerrou o pregão eletrônico em Chicago em alta, nesta sexta-feira (14). Nos principais vencimentos o produto ganhou mais de 20 pontos. Segundo o analista da Safras & Mercado, Élcio Bento, o principal fator que contribuiu para essa alta foram as notícias de que a demanda pelo trigo norte-americano deve apresentar uma melhora nas próximas semanas.

“Nas últimas semanas a procura por trigo ficou em segundo plano. E os grandes importadores como o Egito, compraram da França, Rússia e Ucrânia e adquiriram pouco trigo dos EUA. A expectativa é que na próxima semana haja um aumento na procura”, afirmou Bento.

Além disso, outro fator que também contribuiu para essa elevação foram as notícias sobre uma possibilidade de redução da safra australiana, que é o segundo maior exportador de trigo do mundo. Em decorrência desse cenário, o trigo já acumula uma elevação de cerca de 33%, em relação ao ano passado.

“O suporte fundamental que temos, a grande novidade do mercado é a quebra da safra dos países da União Soviética, Rússia, Cazaquistão e Ucrânia, que juntos tem uma redução de 35 milhões de toneladas, uma queda muito significativa”, explicou o analista.

Com isso, a relação entre produção e consumo, há um déficit de produção em torno de 77 milhões de toneladas. Devido a essa situação, os grandes exportadores como EUA, Austrália e Canadá terão uma demanda maior.

“Esses países terão que ser mais agressivos no mercado internacional para suprir esse rombo, e claro os compradores pagarão mais, pois tem menos oferta de trigo para uma demanda que é crescente”, argumentou Bento.

Ainda de acordo com o analista, os preços estão firmes, não só dentro do mercado de trigo, mas nas outras commodities também. Por isso, não existe muito espaço para altas, uma vez que, o cenário está bem desenhado e fundamentado.

“Esse ano temos a combinação de preços internacionais bastante altos e um dólar acima de US$ 2, então temos as duas variáveis que formam preços no Brasil caminhando no sentido de valorizar as cotações no mercado brasileiro”, diz.

Devido a esse quadro, no Paraná as cotações de base de negócios estão entre R$ 600,00 e R$ 650,00 e a pedida de interesse de venda do produtor em até R$ 700,00 por tonelada. “É um momento atrativo que deve ser aproveitado, e os preços cobrem o custo de produção”, finalizou Bento. 

Por: Ana Paula Pereira/ Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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