DA REDAÇÃO: Boi - Em outubro, mercado paulista limitou valorizações em todo o Brasil
Ainda para Junqueira, alta dos grãos fez com que outros estados deixassem de confinar, diminuindo oferta fora de SP e favorecendo altas nessas regiões e não no mercado paulista. Movimento este, segundo o consultor, difícil de acontecer no mercado do boi gordo, mas que pode ser observado no decorrer de outubro. “Diferencial de base entre SP e outros estados produtores diminuiu demais e deixou mercado extremamente confuso, com muita gente acreditando em fortes valorizações, pois olhavam um único mercado. Mas o mercado que baliza preços é SP e sabia de oferta contínua de boi de pasto”, afirma.
Junqueira esclarece ainda que “o importante é que altas venham de SP, pois é o estado balizador de preços no Brasil. O que aconteceu foi o contrário. SP teve oferta constante, o que inibiu bastante alta Brasil afora. Se SP marca preços mais remuneradores provavelmente teríamos uma media de preço muito maior do que vimos agora”.
Para o início de novembro, o consultor acredita que em SP deve haver falta de boi nos próximos 15 dias, favorecendo firmeza no mercado. No entanto, após período de vazio na oferta Junqueira afirma que haja novamente saída de cocho, que deve ser menor que outubro, mas ainda é relevante. “Pecuaristas que confinaram boi de última hora vão ofertar em novembro”, avalia.
Mercado futuro
“Vencimento novembro é cotado hoje a R$101. E diferença de preço para novembro e indicador ESALQ ainda é muito aberta, ao redor de R$4. A sustentação do mercado futuro no novembro vai depender exclusivamente de SP. Se SP mostrar preços mais relevantes daqui para frente vamos poder ver preços mais relevantes no vencimento novembro. Novembro entra para valer amanhã e temos 30 dias para correr e o indicador ESALQ. O que vai manter esse prêmio ou puxar para alta é a correlação do ESALQ com o mercado físico”, afirma Junqueira.