DA REDAÇÃO: Produtores aguardam preços melhores para vender o café

Publicado em 16/11/2012 13:36 e atualizado em 16/11/2012 16:49
Café: apesar das cotações em baixa, fundamentos ainda são positivos. Mercado está jogando com os vencimentos dos financiamentos que os cafeicultores terão que cumprir. Na próxima semana setor irá solicitar um prazo de espera de 180 dias para o financiamento e com isso evitar concentração de oferta no mercado.
Os futuros do café negociados na Bolsa de NY permanecem registrando baixas, mas os fundamentos do mercado ainda são positivos. Segundo o presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro, o mercado está jogando com os vencimentos de financiamentos do final de novembro, dezembro e janeiro quando os cafeicultores terão que cumprir os seus compromissos. 

“E como providência vamos nos reunir na próxima semana com o Ministério da Fazenda e da Agricultura para solicitar um prazo de espera de 180 dias para estes vencimentos, com isso evitará a concentração de oferta no mercado”, afirma Brasileiro.

Além disso, o presidente sinaliza que a queda de braço entre os produtores e compradores irá continuar e expectativa é que os cafeicultores carreguem seus estoques e para isso utilizem os financiamentos. Até que o mercado volte a comprar e pague um preço mais remunerador aos agricultores. 

A perspectiva do setor é de que até a próxima semana haja uma resposta e que a seja aprovada a proposta que é a mais adequada para dar sustentação ao mercado. “Temos um mercado muito especulativo, e esse movimento teve início quando não acreditaram na safra brasileira. E agora os países europeus não têm dinheiro para comprar o café devido à crise e vão ver até quando o produtor pode resistir”, explica. 

Ainda de acordo com o presidente, o Governo tem auxiliado os produtores e o objetivo é vencer a queda de braço com os compradores. “Não podemos dar garantias aos produtores, mas os produtores devem ter calma, aproveitando as altas e vamos aguentar essa queda de braço e ter preços mais remuneradores aos produtores brasileiros”, disse. 
Por: Kellen Severo/ Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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