DA REDAÇÃO: Em movimento pontual, mercado de Commodities Agrícolas realiza lucros na CBOT

Publicado em 30/11/2012 12:44 e atualizado em 30/11/2012 16:05
Grãos: mercado de Commodities Agrícolas realiza lucros no pregão dessa sexta-feira (30). Melhora nas condições climáticas no sul do Brasil é vista de forma benéfica. Por outro lado, chuvas excessivas na Argentina atrasam o plantio e preocupa o mercado.
Nesta sexta-feira (30) o mercado de Commodities Agrícolas realiza lucros na CBOT. A soja opera com quedas de mais de 15 pontos em todos os vencimentos. De acordo com o analista de mercado da Futures International, Pedro Dejneka, esse é um movimento pontual haja vista que o mercado registrou uma recuperação em relação às quedas recentes na soja que buscou o patamar de US$ 13,75.

“Estamos 75 centavos acima do registrado na semana passada. É um mercado natural, não conseguiu lenha na fogueira para continuar essa alta, principalmente, com as chuvas nos mapas climáticos na sul do Brasil, o que aliviou os ânimos do mercado”, diz o analista. 

Por outro lado, as chuvas excessivas na Argentina preocupam, mas ainda não é motivo suficiente para conseguir elevar as cotações em Chicago. O analista sinaliza que o clima no Brasil é visto, em sua maioria, como benéfico uma vez que o mercado estava começando a se preocupar. 

Porém, com a previsão de chuvas o clima passa a ser considerado favorável e pode possibilitar que a produção brasileira seja recorde, conforme afirma Dejneka. “Na Argentina a situação é mais complicada, o plantio está atrasado e agora também temos relatos de que podemos ter chuvas excessivas nas próximas duas semanas”, acredita o analista.

O analista ainda destaca que o mercado ainda não sabe o que fazer com essa informação haja vista que ainda existe uma janela de plantio. No entanto, o mercado precisa entender como isso poderá afetar o rendimento da soja que já foi semeada, pois a lógica é que o rendimento dessas lavouras seja menor. 

“O quanto isso irá afetar a produção total do país essa é a questão e o mercado tenta entender isso para pode precificar. Podemos afirmar que será difícil ter uma puxada acima de US$ 15 e uma queda abaixo de US$ 14. Qualquer queda abaixo de US$ 14 será comprada rapidamente a curto prazo, assim como qualquer alta acima de US$ 14,60 será vendida no momento”, acredita o analista. 

Já a demanda tende a continuar aquecida e a situação da macroeconomia está relativamente sensível, mas não deverá afetar diretamente a demanda por grãos, especialmente, soja e milho, segundo Dejneka.

“O x da questão é quando a demanda do milho virá para o EUA e até quando a demanda de soja e dos produtos de soja continuará forte no EUA, ou quando a demanda será transferida para o Brasil e Argentina. E quando a demanda de milho será transferida do Brasil para os EUA, isso vai mexer bastante com o mercado”, finalizou Dejneka. 
Por: Kellen Severo/ Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Terceira geração de família de agricultores deixa raízes no RS e parte para abrir terras em Juína, no Mato Grosso
Campeão do “Melhor História de um Agricultor” quis que sua história fosse exemplo para outras pessoas
Finalista do “Melhor História de um Agricultor” destaca honra e responsabilidade de contar história da família
Em Laguna Carapã/MS, lavouras de milho safrinha já devem registrar perda de produtividade depois de 15 dias de seca
Chuvas irregulares já interferem no potencial produtivo da safra de soja no RS mas produção ainda pode ser recorde no estado