DA REDAÇÃO: Previsão de nova seca para os EUA em 2013 não deve impactar preços da soja no momento

Publicado em 10/01/2013 12:55 e atualizado em 10/01/2013 15:50
Grãos: previsão de institutos internacionais de meteorologia indicando que a seca nos EUA pode persistir em 2013 não deve impactar os preços nesse momento em Chicago. Produtores rurais devem estar atentos ao clima e aos problemas logísticos no Brasil.
A previsão de institutos internacionais de meteorologia apontando que a seca que atingiu os EUA durante o ano passado pode persistir em 2013 não deve impactar os preços em Chicago nesse momento, conforme afirma o analista da New Edge, Daniel D’Ávilla.
 
Atualmente, o clima tem sido o foco do Mercado de Commodities Agrícolas, que nesta quinta-feira (10) opera em campo misto com leves quedas nos principais contratos. Além desse fator, o analista sinaliza que os produtores devem ficar atentos aos problemas logísticos no Brasil uma vez que esses dois fundamentos somados tendem a determinar a direção dos preços na CBOT, segundo explica o analista. 

“Já vimos que os EUA já venderam muito do que o era programado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), em torno de 37 milhões de toneladas, no ritmo que estamos até o final de março, abril alcançaremos a meta. Então, somente o Brasil e a Argentina terão soja disponível”, diz D’Ávilla. 

Em função dessa situação, o analista orienta que os produtores brasileiros que ainda tiverem soja disponível vendam aos poucos, fazendo o preço médio. Haja vista que da mesma forma que o mercado pode subir também pode ficar estagnado ou até mesmo recuar.

“Vale lembrar que estamos chegando ao final da safra norte-americana, o relatório de amanhã (11) do USDA vai trazer os números finais da safra que não foi tão ruim. Deve vir algo em torno de 81 milhões de toneladas se comparado com o ano anterior que foi de 84 milhões de t. não foi tão ruim”, relata o analista. 

De modo geral o cenário não é tão altista para a soja no momento, na visão do analista. “E o início do plantio da safra americana é determinante, pois se estiver tudo bem por aqui, a China pode parar as compras na América do Sul e começar a adquirir soja nos EUA, mas tudo depende do clima”, finalizou D’Ávilla. 
Por: Kellen Severo/ Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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