DA REDAÇÃO: Chicago - volta dos fundos de investimentos ao mercado sustentam preços da soja

Publicado em 16/01/2013 12:39 e atualizado em 16/01/2013 15:51
Grãos: o retorno dos fundos de investimentos ao mercado de commodities agrícolas e a demanda aquecida sustentam preços da soja em Chicago, nesta quarta-feira (16). Caso os fundos aumentem as posições compradas cotações podem registrar novas altas.
Após encerrar a sessão de ontem (15) com pequenas baixas, os futuros da soja operam em alta nesta quarta-feira (16) na CBOT. Por volta das 16h50 os principais contratos trabalham com mais de 17 pontos de ganhos. 

Para o analista de Jefferies, Vinicius Ito, o retorno dos fundos de investimentos ao mercado de commodities agrícolas, assim como, a demanda que permanece aquecida contribuem para esse cenário altista. Há rumores de que a China estaria procurando embarques de soja a curto prazo.
 
No entanto, a disponibilidade da oferta sulamericana é baixa pequena nessa época do ano, o que faz com que a demanda se volte para os EUA. “E a cada cargo que sai são, basicamente, 60 mil toneladas a menos sobrando nos estoques finais, que já são apertados”, disse Ito.

O analista ainda explica que, os fundos se desfizeram de suas posições no final do ano passado, e que agora, retornam ao mercado com interesse de compra. A estimativa é que hoje, cerca de 80 mil contratos de soja estejam comprados. 

“O número ainda é baixo, historicamente, mas os fundos estão voltando a olhar com mais atenção o mercado da soja baseado nesse fundamento mais altista. E se os fundos aumentarem as compras é possível que os preços subam mais”, ratificou Ito. 

Já em relação à diminuição nos preços do petróleo, o analista acredita que, pode impactar as cotações da soja, mas deve ser um movimento limitado. A baixa poderia influenciar os preços do milho e, consequemente, os da oleaginosa. 

“O mercado norte-americano é onde tem a maior produção de etanol como fonte do milho, o mercado tem sofrido um pouco. A demanda de milho para etanol está basicamente em ritmo estimado pelo USDA, que é explicada pelos preços mais moderados do petróleo nos EUA em função da implantação de novas tecnologias”, afirma o analista. 

Por outro lado, se as cotações do petróleo recuar mais podem ocasionar uma redução na demanda de etanol e no milho também. E caso os preços do milho registrar novas altas, será decorrente da boa demanda no mercado interno e as exportações do cereal que estão mais interessantes nesse começo de ano, conforme relata Ito. 
Por: Kellen Severo/ Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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