DA REDAÇÃO: Chicago - mercado opera em campo misto em pregão de volatilidade

Publicado em 18/01/2013 12:25 e atualizado em 18/01/2013 15:56
Grãos: nesta sexta-feira (18) futuros da soja operam com bastante volatilidade na Bolsa de Chicago. Problemas climáticos na América do Sul e a demanda aquecida permanecem influenciando as cotações do mercado de commodities agrícolas.
Após iniciar a semana com altas expressivas os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago registraram bastante volatilidade nos últimos dias. Nesta sexta-feira (18), as cotações que já apresentaram baixas operam, por volta das 17h00 (horário de Brasília), em campo misto. 

Segundo o analista da New Edge, Daniel D’Ávilla, o mercado trabalha de lado haja vista que na próxima segunda-feira é feriado nos EUA. “Então, temos um final de semana prolongado, com problemas climáticos na Argentina, a boa safra brasileira, e a demanda chinesa aparecendo, tudo isso acaba impactado o mercado de certa forma”, afirma. 

A volta dos fundos de investimentos ao mercado, também influenciaram as cotações durante essa semana. Esse movimento elevou os preços em Chicago, mas encontraram um patamar de resistência de US$ 14,40 por bushel, e toda vez que o mercado chega a esse nível entra em escala de vendas e o mercado registra baixas, conforme explica D’Ávilla. Nesse cenário, a tendência é que o mercado opere com volatilidade, porém sem grandes alterações. 

Para o analista, o mercado poderia romper esse patamar de resistência com a contínua compra dos fundos de investimentos e da demanda chinesa por soja norte-americana. Até o momento, os EUA já venderam, praticamente, 90% do que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) estimou para as exportações. 

“Ou diminuem o ritmo de embarcações, ou então, os EUA vai precisar importar soja. Os estoques continuam apertados. E quando a safra brasileira entrar no mercado terá muita soja, mas também teremos problemas de logística, e a Argentina que teria uma safra cheia começa a ter problemas”, relata D’Ávilla.

Em decorrência desse cenário, a tendência é que os preços recuem com a entrada da soja do Brasil, porém conforme a velocidade das exportações essas cotações tendem a subir novamente, segundo informa o analista. Na semana anterior, foram anunciadas pelo USDA duas vendas indicando que os exportadores têm a opção de vender a soja para a China de outra origem, que pode ser do Brasil ou da Argentina. 
Por: Kellen Severo/ Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Terceira geração de família de agricultores deixa raízes no RS e parte para abrir terras em Juína, no Mato Grosso
Campeão do “Melhor História de um Agricultor” quis que sua história fosse exemplo para outras pessoas
Finalista do “Melhor História de um Agricultor” destaca honra e responsabilidade de contar história da família
Em Laguna Carapã/MS, lavouras de milho safrinha já devem registrar perda de produtividade depois de 15 dias de seca
Chuvas irregulares já interferem no potencial produtivo da safra de soja no RS mas produção ainda pode ser recorde no estado