DA REDAÇÃO: Soja - em sessão volátil, cotações recuam na CBOT

Publicado em 23/01/2013 12:57 e atualizado em 23/01/2013 15:48
Grãos: mercado opera com volatilidade em Chicago frente à expectativa do clima na América do Sul. Prêmio climático é adicionado aos contratos futuros em função do risco da produção sulamericana. Demanda pela soja norte-americana permanece aquecida.
Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago, que ao longo do dia já trabalharam em alta, operam do lado negativo da tabela nesta quarta-feira (23). Por volta das 17h50 os principais contratos registram mais de 10 pontos de baixa. Esse movimento de realização de lucros, segundo analistas, é natural após as expressivas altas de ontem (22).

Para o analista de mercado da AgRural, Fernando Muraro, o mercado anda de lado frente à expectativa do clima na América do Sul. E o mercado em Chicago adiciona aos contratos futuros um prêmio climático em função do risco da produção sulamericana. 

“A situação de mais de 15 dias sem chuvas no RS preocupa, e a previsão é que as precipitações retornem depois do mês de fevereiro. O mesmo acontece na Argentina que há 20 dias não tem chuvas com volumes suficientes”, afirma Muraro. 

Além disso, a demanda chinesa pela soja norte-americana permanece aquecida, juntamente, com os apertados estoques mundiais contribuem para um viés altista do mercado. “E o mercado está ansioso com a situação climática, mas deve continuar firme até o final do mês”, relata o analista. 

Do mesmo modo, o excesso de chuvas no Centro Oeste que prejudica a colheita da soja também tende a colaborar para um cenário mais firme. O analista sinaliza que esse é o momento mais delicado dessa safra e que, por isso, o mercado está preocupado.

No entanto, ainda não é possível afirmar que haverá perdas na safra da América do Sul haja vista que as temperaturas registradas estão abaixo da média histórica. “A questão é que estamos vivendo um mês de janeiro que sempre é muito produtivo, estamos com temperaturas baixas e com poucas chuvas nesse momento começamos a retirar o potencial positivo das lavouras, mas ainda é cedo, e com o retorno das chuvas a situação pode mudar”, diz Muraro. 
Por: Kellen Severo/ Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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