DA REDAÇÃO: Soja - Mercado aguarda relatório do USDA e opera sem direção

Publicado em 26/03/2013 13:24 e atualizado em 26/03/2013 17:04
Grãos: Sem direção, mercado espera relatório do USDA. Expectativa é que o departamento reduza números de estoques trimestrais de soja dos EUA. As recentes chuvas e neve registradas no país são benéficas para restabelecer a umidade do solo, mas se o cenário permanecer o mercado poderá adicionar um prêmio de clima nas cotações.
Nesta terça-feira (26), o mercado internacional de grãos aguarda os números do relatório do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) e opera sem direcionamento. O departamento norte-americano irá divulgar as projeções para a próxima safra dos EUA e os estoques trimestrais de soja e milho no país.

Segundo o analista de mercado da PHDerivativos, Pedro Dejneka, as estimativas em relação ao relatório divergem bastante, levando em consideração a importância do documento para a tendência de preços no mercado de commodities agrícolas. A expectativa do mercado é que o departamento reduza números dos estoques de norte-americanos.

“O mercado já precificou estoques baixos, mas se os números forem menores será a lenha na fogueira necessária os preços continuarem subindo no curto prazo. Mas se isso não acontecer o mercado deve realizar lucros”, afirma Dejneka.

Clima nos EUA – Em relação ao clima norte-americano, o analista destaca que é bem diferente do tempo seco e quente registrado no início do ano passado. Além disso, as recentes neves e chuvas nos EUA contribuíram para restabelecer a umidade do solo.

No entanto, caso o clima permaneça mais úmido o plantio do milho poderá ser prejudicado. “Agora na segunda semana de abril começa pra valer a janela de plantio do milho nos EUA, e até o dia 15 de maio deverá ser finalizado. Mas caso o clima persistir o mercado terá que colocar um prêmio de clima nos preços para precificar um possível atraso no plantio”, explica o Dejneka.

Ainda na visão do analista, os produtores devem estar atentos ao mercado uma vez que com o clima favorável nos EUA as cotações no mercado internacional de grãos podem ficar pressionadas negativamente no segundo semestre. “Agricultores devem ter cuidado com os contratos novembro e dezembro/13. Os produtores norte-americanos irão plantar muito milho e soja o que poderá exercer pressão negativa nos preços, caso o clima seja favorável”, ratifica Dejneka.

Por: Kellen Severo/ Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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