DA REDAÇÃO: Demarcação de terras indígenas em Amambaí (MS) causa insegurança aos produtores rurais
Publicado em 03/04/2013 15:52
e atualizado em 03/04/2013 17:38
Questão indígena: Em Amambaí (MS) cerca de 40 famílias poderão perder suas terras em mais uma demarcação de terras indígenas. Funai já fez vistorias nas propriedades do município no final do ano passado. Processos de demarcações envolvem 26 cidades do cone sul do estado, onde são produzidas 60% da soja e 65% do milho do Mato Grosso do Sul.
Em Amambaí (MS) cerca de 40 famílias poderão perder suas terras em mais uma demarcação de terras indígenas. Segundo o presidente do Sindicato Rural de Amambaí, Diogo Peixoto da Luz, no final do ano passado a Funai já realizou vistorias em algumas propriedades do município.
“Acompanhei algumas visitas, a entidade vai acompanhada da Polícia Federal, depois fazem perguntas sobre as propriedades, tira fotos, e logo após isso pede as cópias das matrículas dos produtores rurais no cartório e anexam ao processo administrativo de demarcação de terras indígenas”, explica Luz.
O presidente destaca que os produtores rurais só ficam sabendo que as terras são alvos de demarcação de terras quando o processo é divulgado no DOU (Diário Oficial da União). “Esse é um problema de cunho social, que atinge várias regiões do país”, afirma o presidente.
Ao todo, na região do Cone Sul do Mato Grosso do Sul, 26 municípios estão envolvidos nos processos de demarcação de terras indígenas. O local representa 21% da área total do estado, onde residem 28% da população e onde é concentrado 25% do PIB. Além disso, a localidade é responsável por 60% da produção de soja e 65% do milho no estado.
“Com essa situação, o estado pode quebrar, já estamos produzindo um laudo antropológico, que vale mais do que as nossas escrituras. Mas quem irá analisar o nosso laudo é a própria Funai”, diz o presidente.
Diante dessa insegurança vivenciada pelos produtores, na próxima sexta-feira (5) será realizada uma Audiência Pública na cidade de Tacuru (MS) às 15h00, para debater o assunto.
Por: Fernanda Custódio/ João Batista Olivi
Fonte:
Notícias Agrícolas