DA REDAÇÃO: Algodão- Venda de estoques estatais da China pressiona cotações futuras na Bolsa de NY

Publicado em 18/04/2013 14:26 e atualizado em 18/04/2013 17:37
Algodão: Liberação de parte dos estoques estatais da China pressiona cotações futuras da commodity. Os estoques seriam suficientes para atender o consumo na próxima temporada. No Brasil, as importações de 80 mil toneladas com isenção de tarifas tendem a reajustar os preços no mercado interno.
Nesta quinta-feira (18), os futuros do algodão negociados na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures) operam do lado negativo da tabela. Segundo o analista de mercado da Safras & Mercado, Élcio Bento, as cotações da commodity são pressionadas pelo início da venda de estoques estatais da fibra da China.

“Ainda é uma incerteza em saber como o governo chinês irá gerenciar os estoques. A relação entre estoque e consumo, indicador fundamental, mostra uma relação de 126% no país. O que significa que mesmo que o país não produzisse ou importasse teria produto suficiente para atender o consumo na próxima temporada”, explica o analista.

E mesmo com os números positivos das exportações norte-americanas do algodão, divulgados hoje pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) não foram suficientes para dar sustentação às cotações futuras. O que demonstra que o mercado enxerga a venda dos estoques estatais chineses como um fator baixista, conforme sinaliza Bento.

O analista ainda destaca que há um deslocamento entre o mercado interno e internacional. “O mercado já começa a recuar no Brasil, tivemos um patamar máximo no início de abril, quando o nosso mercado atingiu a paridade de importação, e tivemos uma queda no mercado internacional de 10% em relação ao mês anterior, o que refletiu no mercado interno. Agora, está mais barato importar do que o consumir o próprio algodão, e o mercado brasileiro se ajusta a essa realidade”, afirma Bento.

Por outro lado, a liberação da importação de 80 mil toneladas com isenção de tarifas também deve pressionar o mercado interno. “A indústria já está na defensiva esperando que passe a vigorar a isenção a partir de maio, para voltar a comprar. Então o mercado deverá se ajustar a essa nova paridade de importação”, finaliza o analista.

Por: Fernanda Custódio/Kellen Severo
Fonte: Notícias Agrícolas

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