DA REDAÇÃO: Analista lê relatório do USDA como baixista já que mercado espera a entrada de grandes safras

Publicado em 12/06/2013 18:59 e atualizado em 12/06/2013 19:48
Grãos: Mercado reage negativamente ao novo relatório de oferta e demanda do USDA e termina em queda em Chicago. Para analista de risco da JBS, relatório é baixista diante da projeção de grandes safras para entrar no mercado.

Na tarde desta quarta-feira (12), o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos divulgou seu novo relatório mensal de oferta e demanda de grãos, sem muitas alterações nem para a safra nova e nem para a velha. A influência foi negativa para o mercado futuro na Bolsa de Chicago, que terminou o dia em queda. 

Para a nova safra de soja dos EUA, o USDA manteve a estimativa de 92,26 milhões de toneladas, no entanto, espera uma produtividade menor, de 47,1 sacas por hectare, contra 50,45 estimadas no relatório de maio. Os estoques finais dos EUA também foram mantidos em 7,21 milhões de toneladas, o esmagamento em 46,13 milhões de toneladas e as exportações em 39,46 milhões de toneladas. 

O departamento manteve ainda suas projeções para a safra brasileira 13/14 em 85 milhões de toneladas e 54,5 milhões de toneladas para a Argentina. Para a China, números também mantido, com uma produção de 12 milhões de toneladas e importações de 69 milhões. 

Para o gestor de risco do JBS, baseado em Colorado, nos Estados Unidos, Marco Sampaio, o relatório de hoje foi baixista, uma vez que o mercado aguarda as grandes safras que estão sendo projetadas, tanto nos EUA quanto na América do Sul. 

Porém, o cenário para a soja é menos pessimista, uma vez que os estoques mundiais estão reduzidos há 2 anos diante de quebras nas safras mundiais. Para o milho,  a previsão é de pressão no mercado já no segundo semestre.

Na avaliação de Sampaio, o mercado está se focando na situação climática sobre as lavouras que estão sendo plantadas nos EUA e, ainda há espaço para novas altas de preços. Aos brasileiros, o gestor recomenda vendas nos repiques de alta em Chicago, pois, somado ao atual patamar do dólar, os produtores conseguirão boas rentabilidades.

 

Por: João Batista Olivi e Juliana Ibanhes
Fonte: Notícias Agrícolas

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