DA REDAÇÃO: Soja encerra em baixa pelo terceiro dia consecutivo na Bolsa de Chicago

Publicado em 25/07/2013 18:21 e atualizado em 25/07/2013 20:28
Soja: diante dos bons preços, acima dos US$16,00/bushel no mercado físico nos EUA, oferta do grão aumenta e indústrias aproveitam para alongar estoques. Sem necessidade imediata de novas compras, prêmios internos despencam e interferem nas negociações do mercado futuro

Nesta quinta-feira (25), a soja fechou em queda na Bolsa de Chicago pelo terceiro dia consecutivo. O contrato agosto perdeu mais de 37 pontos, o setembro caiu 35 pontos e os vencimentos novembro e março tiveram cerca de 30 pontos de queda.

De acordo com o analista de mercado, Vinicius Ito, o precursor dessas baixas foi o mercado físico dos EUA, com a queda dos prêmios, que se expandiram para o mercado futuro: “A ideia principal é que o produtor norte-americano resolveu vender, mesmo com pouca soja no país, trazendo mais oferta ao mercado, sem compradores. Além disso, há boatos de que os processadores nos EUA já estão com estoques suficientes para aguentar pelas próximas 4 a 6 semanas e isso significa que a demanda em curto prazo já está suprida para a safra velha”.

O produtor que ainda não vendeu a soja da safra velha agora poderá ter dificuldades, a não ser que venda com preços mais baixos, ou terá que carregar esse estoque para concorrer com a safra nova, que já começa a ser disponibilizada em agosto.

No entanto, Vinicius acredita que mesmo com o boato sobre as processadoras, ainda existe uma boa demanda, já que os EUA continua exportando farelo de soja e apenas isso requer um nível de esmagamento acima do que o USDA calcula para os meses de julho e agosto para alcançar a estimativa do ano comercial, que acaba no dia 30 de agosto.

A queda em Chicago também envolve outro boato de que o governo chinês estaria liberando 3 milhões de toneladas do estoque de reserva, atrelado as notícias de que a China irá importar quantidades recordes de soja em julho e agosto, o que fizeram os preços da bolsa chinesa caírem também.

Vinicius diz que as cotações em curto prazo tiveram uma queda exagerada e muitas esmagadoras podem estar comprando nesse momento, o que diminui a oferta e amortece a queda. Porém, em longo prazo, com expectativa de clima favorável para as lavouras dos EUA, os preços podem cair ainda mais.

Por: Aleksander Horta e Paula Rocha
Fonte: Notícias Agrícolas

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