DA REDAÇÃO: MT: Preços do milho já apresentam desvalorização de 53% frente ao registrado no mesmo período de 2012

Publicado em 30/07/2013 11:18 e atualizado em 30/07/2013 13:01
Milho: Colheita da safrinha alcança 75% da área projetada para o MT. Com déficit de armazenagem, vários municípios têm milho estocado a céu aberto. Situação compromete rentabilidade dos produtores, já que a saca é negociada a R$ 10,33 em algumas regiões, uma desvalorização de 53% frente ao valor registrado no mesmo período do ano passado, de R$ 22,00 a saca.

A colheita do milho safrinha alcançou 75% da área estimada para o estado do Mato Grosso, as informações são do novo relatório divulgado pelo Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária). Até o momento já foram retirados das lavouras cerca de 14,4 milhões de toneladas. E a produtividade média das lavouras é de 101 sacas por hectare.

Apesar dos bons resultados, os produtores mato-grossenses estão preocupados com o déficit de armazenagem no estado, problema que já prolonga durante os anos. Esse cenário tem comprometido a rentabilidade dos agricultores, que já negociam a saca do milho, em algumas regiões, a R$ 10,33, uma desvalorização de 53% frente ao valor registrado no mesmo período do ano passado, de R$ 22,00 a saca.  

Para o analista de grãos do Imea, Ângelo Luis Ozelame, em vários municípios o milho já está estocado a céu aberto e com a finalização da colheita a situação tende a ser agravar. “Porém, os produtores são eficientes e conseguiram amenizar a situação com os silos bolsas, é uma solução momentânea. Temos capacidade para armazenar em torno de 2,4 milhões de toneladas em silos bolsas, mas ainda assim não é suficiente para estocar toda a produção do estado”, explica.

Em contrapartida, a região Nordeste do país precisa adquirir milho e os preços estão elevados. No entanto, os custos logísticos acabam inviabilizando o transporte do milho mato-grossense para outras regiões do Brasil e até mesmo para a exportação, conforme destaca o analista.

“O produtor de MT é penalizado por ser eficiente na hora de produzir e a logística brasileira não acompanha o crescimento da produção no estado. E o milho a céu aberto pode apresentar perdas na qualidade”, afirma Ozelame.

Diante desse cenário, a comercialização do milho safrinha segue em ritmo lento no estado. O analista ainda sinaliza que o agricultor tem negociado conforme os leilões do Governo. “Já tivemos a comercialização de 2,08 milhões de toneladas em contratos de opção e 1,9 milhões de toneladas em Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor)”, diz.

 

Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Terceira geração de família de agricultores deixa raízes no RS e parte para abrir terras em Juína, no Mato Grosso
Campeão do “Melhor História de um Agricultor” quis que sua história fosse exemplo para outras pessoas
Finalista do “Melhor História de um Agricultor” destaca honra e responsabilidade de contar história da família
Em Laguna Carapã/MS, lavouras de milho safrinha já devem registrar perda de produtividade depois de 15 dias de seca
Chuvas irregulares já interferem no potencial produtivo da safra de soja no RS mas produção ainda pode ser recorde no estado