DA REDAÇÃO: Boi – Oferta de animais a termo tem sido fator limitante para as altas nos preços

Publicado em 30/07/2013 11:52 e atualizado em 30/07/2013 16:55
Boi: oferta de animais a termo aumenta e interrompe movimento de alta. No entanto, frigoríficos que tentam pressionar negativamente as cotações e oferecem preços abaixo da referência de R$103,00/arroba em SP não conseguem avançar nas compras.

No mercado do boi gordo, as cotações permanecem estáveis. Em São Paulo, o valor de referência é de R$ 103,00 a arroba. O analista de mercado da Scot Consultoria, Alex Santos Lopes, explica que a entrada de animais a termo tem sido um fator limitante para as altas nas cotações.

Os frigoríficos maiores pressionam o mercado tentando pegar até R$ 3,00 abaixo da referência de SP. O analista afirma que os contratos a termo são feitos entre os frigoríficos e pecuaristas por uma determinada boiada e um valor fixo.

“Então o frigorifico já começa a ter na sua escala prevista essa boiada. Além de ser vantagem, já que ele não tem tanta necessidade de comprar todos os dias, mas apenas completar os outros dias que não há boi escalado, diminui a pressão de compra e acaba pressionando o mercado”, diz Lopes.

Por outro lado, os preços no mercado físico são sustentados pela oferta que é curta. Atualmente, há dois cenários bem definidos no mercado, as indústrias maiores ofertando até R$ 3,00 abaixo do valor de referência e as indústrias menores pagando o valor de referência ou até mais do que isso.

Em contrapartida, o início do mês e do Dia dos Pais pode favorecer o aquecimento da demanda. “E isso, pode ser um fator altista para as cotações da carne e consequentemente para a arroba do boi. Mas ao mesmo tempo, tem essa boiada a termo, o cenário é incerto temos que ver se a boiada de confinamento irá entrar no mercado junto e pesar sobre os preços”, destaca o analista.

A expectativa é que as cotações permaneçam estáveis nos próximos dias, porém em algumas praças os preços podem recuar devido às geadas que atingiram as pastagens. “Tivemos um reajuste negativo sobre os preços em GO, o que já fez com as indústrias de SP voltassem a comprar mais nas praças vizinhas”, acredita Lopes.

Por: Aleksander Horta/ Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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