DA REDAÇÃO: Nesta terça-feira (13), mercado reflete números do USDA e segue em alta na Bolsa de Chicago

Publicado em 13/08/2013 10:31 e atualizado em 13/08/2013 12:38
Grãos: Mercado reflete números do USDA e segue em alta na Bolsa de Chicago nesta terça-feira (13). Com redução da produção de soja e milho dos EUA, preços poderão consolidar melhores patamares daqui para fente.

Nesta terça-feira (13), a soja encerrou o pregão eletrônico da Bolsa de Chicago em alta, com o mercado refletindo o relatório do USDA (Departamento de Agricultura dos EUA) divulgado na última segunda-feira (12).

Segundo o analista de mercado, Steve Cachia, os números divulgados ontem foram considerados altistas para o mercado porque reduziram a estimativa da produção de soja norte-americana e também a estimativa dos estoques nos EUA, enquanto a demanda continua firme. Daqui para frente, mesmo com um clima excelente no país, deve haver especulações de final de safra em função do clima.

O relatório de condições de safra veio em linha com o da semana anterior, com 64% das lavouras de soja e milho em condições boas ou excelentes. Steve acredita que mesmo com as lavouras em condições favoráveis, os números de produção foram reduzidos devido ao plantio tardio, em que algumas áreas foram plantadas fora do período ideal, o que reduziu o potencial de produtividade.

No entanto, o cenário de modo geral não muda, salvo algum problema climático, o que muda são os patamares de preços. O mercado está vindo de um pessimismo um pouco exagerado, com isso há fôlego e calma para mais tarde o mercado ceder, se o clima continuar normal, durante aquela pressão sazonal que acontece todo ano quando o país começa o processo de colheita da safra.

Milho: O USDA também reduziu os números de produção do milho, mas o impacto não foi tão grande paro mercado. Ontem (12) as cotações subiram um pouco e no pregão eletrônico da manhã de hoje (13) fecharam com alta de cerca de 3 pontos.

Steve diz que a previsão inicial para a safra de milho dos EUA é de quase 100 milhões de toneladas, por isso, mesmo reduzindo os números, a situação de oferta no país continua favorável, diferentemente da soja, que está saindo de um ano de estoques apertados e, mesmo com o aumento na produção, os estoques não ficarão historicamente altos.

Trigo: De acordo com Steve, o trigo estava desenhando uma situação menos folgada, com alguns problemas em países produtores: “A grande surpresa do trigo foi a entrada do Brasil e da China no mercado dos EUA em volumes que não estavam sendo esperados e isso acabou deixando o quadro de oferta e demanda  um pouco mais apertado. O mercado já estava trabalhando isso e deve continuar”.

Por: Carla Mendes e Paula Rocha
Fonte: Notícias Agrícolas

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