DA REDAÇÃO: Boi gordo - Tendência de baixa nos preços frente a oferta expressiva

Publicado em 15/08/2013 11:37 e atualizado em 15/08/2013 18:42
Boi gordo: Animais confinados vindos do Mato Grosso do Sul e de Goiás tem abastecido o mercado, impedindo reajustes positivos na primeira quinzena de agosto. Com a facilidade nas compras, frigoríficos alongam suas escalas e pressionam negativamente os preços da arroba.

Nesta primeira quinzena de agosto, a oferta de boi gordo vem sendo expressiva. Frente a esse cenário, os preços praticados no mercado físico não tiveram força para subir, assim como no atacado. A alta aguardada tanto para o atacado, quanto para a arroba do boi gordo, não se confirmou, mesmo em duas semanas de demanda bastante aquecida. Para segunda quinzena do mês de agosto, em que o consumo é menos expressivo, a tendência é de baixa nos preços.

“A oferta de confinados de Goiás (GO) e do Mato Grosso do Sul (MS) tem ajudado a suprir as escalas de abate dos frigoríficos de São Paulo (SP) e dos demais estados. Unido a isso, o atacado não teve força para subir mesmo em uma semana de consumo excelente, da mesma maneira que a arroba do boi gordo também não subiu, o que mostra o sintoma de boa oferta de boi no mercado”, afirma Fernando Henrique Iglesias, analista da Safras & Mercado.

Nesse momento, há uma oferta de boi de confinamento bastante expressiva para o período, o que não era aguardado e a expectativa é que essa oferta tenha um ritmo ascendente até outubro deste ano. Fernando diz que a situação é complicada porque de agora em diante não há pontos de consumo tão fortes como o da primeira quinzena de agosto, no qual além do recebimento da massa salarial, ocorreu também o dia dos pais e agora o próximo ponto de consumo é apenas no Natal e nas comemorações do ano novo.

No entanto, o volume de carne bovina sendo exportada garante uma situação um pouco mais tranquila para os pecuaristas. Nesse sentido a desvalorização do real é muito importante para manter essa disponibilidade interna de carne bovina sem segurar excedentes.

Em SP, frigoríficos já tentam preços entre R$ 98,00/@ e R$ 99,00/@ a vista, mas ainda não há negócios sendo feitos nesses valores e a média continua em R$ 100,00/@ e R$ 101,00/@. Porém, a tendência é que os produtores cedam a esses preços mais baixos, uma vez que a oferta deve aumentar nas próximas semanas e sem o suporte do consumo a situação acabará refletindo nos níveis de preços praticados no mercado interno. No MS os preços já estão a R$ 96,00/@ a vista e em GO a R$ 93,00/@.

Por: João Batista Olivi e Paula Rocha
Fonte: Notícias Agrícolas

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