DA REDAÇÃO: EUA – Lavouras apresentam 45 dias de atraso no desenvolvimento e podem ser atingidas por geadas precoces

Publicado em 03/09/2013 13:54 e atualizado em 03/09/2013 16:11
EUA: Atraso no desenvolvimento das lavouras de soja e milho é de 45 dias. Geadas precoces podem atingir as plantações norte-americanas. Produtividade da oleaginosa foi severamente afetada pelo clima seco e quente. Agosto foi o mês mais seco desde o ano de 1936.

As condições climáticas nos Estados Unidos permanecem sendo o foco do mercado internacional de grãos. Nesta safra, as lavouras norte-americanas foram semeadas com mais de 30 dias de atraso. E, atualmente com o clima quente e seco no cinturão produtor do país, as plantações de soja e milho apresentam mais de 45 dias de atraso no desenvolvimento.

Diante desse cenário, as geadas precoces podem atingir os campos e comprometer ainda mais a produtividade das lavouras. O mês de agosto foi o mais seco desde o ano de 1936. De acordo com o gestor técnico da Cooplantio, Dirceu Gassen, é difícil estimar perdas na produção norte-americana. 

Somente no ano passado, com a seca, os produtores estadunidenses colheram cerca de 132 sacas de milho por hectare, enquanto que as estimativas eram de 154 sacas por hectare. “Este ano, a situação é semelhante e não há previsões de chuvas generalizadas para o Corn Belt nos próximos dias. E na soja estamos na fase crucial de enchimento de grãos”, afirma o gestor.

A produtividade das lavouras de soja já foi revisada para baixo pelo levantamento do Crop Tour Pro Farmer, divulgado na última semana do mês de agosto. Os produtores devem colher 47,5 sacas por hectares, já o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) estimou o rendimento das plantações em 48,3 sacas por hectare.  Já o milho, não deve ser tão impactado pelas condições climáticas. 

“A expectativa é saber quanto os EUA irá perder, mas isso irá depender de duas variáveis, a primeira é a quantidade de chuvas e se poderá haver precipitações ou não. E também temos as geadas precoces que podem reduzir o rendimento das lavouras”, explica.

Brasil – O gestor ainda destaca que os produtores rurais devem investir mais em manejo e cuidar dos processos de produção. Na soja, o produtor brasileiro já tem produzido mais do que os agricultores norte-americanos, em contrapartida, o país produz a metade da produção dos EUA. 

“É preciso lembrar que a rentabilidade é proporcional ao conhecimento aplicado por hectare, produzir mais por unidade de área e investindo bem. E o Brasil, deve dominar o mercado de soja no futuro, pela evolução de tecnologia, qualidade do agricultor e espaço para crescimento da área cultivável”, finaliza Gassen. 

Por: João Batista Olivi/Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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