DA REDAÇÃO: Chicago – Preços futuros recuam, mas fundamentos ainda são altistas

Publicado em 04/09/2013 14:13 e atualizado em 04/09/2013 16:45
Grãos: Preços futuros operam do lado negativo da tabela nesta quarta-feira (4), mas mercado de clima é bastante volátil. Avaliação de campo do USDA não mostra ainda os números reais das perdas americanas, mas nas próximas semanas deve haver uma revisão para baixo de expectativa de produtividade nos EUA. A menos que ocorra uma chuva de cobertura ampla no Meio-Oeste americano.

Após as altas expressivas registradas na sessão anterior, os futuros da soja e do milho encerraram o pregão regular desta quarta-feira (4) do lado negativo da tabela. As principais posições da soja exibiram perdas de mais de 30 pontos. O contrato setembro/13 terminou o dia cotado a US$ 13,97/bushel, com queda de 37,75 pontos. Os futuros do trigo fecharam o pregão em campo misto na Bolsa de Chicago. 

Apesar do recuo nas cotações futuras, o analista de mercado da Agrosecurity Consultoria, Fernando Pimentel, destaca que os fundamentos ainda são positivos e a volatilidade é normal em mercado climático. “Os preços também caíram na semana passada, mas voltaram a subir esta semana. O pessoal que comprou ontem aproveita realizar lucros hoje”, diz. 

Além disso, o relatório de acompanhamento de safras divulgado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) ainda não mostram os números reais das perdas nas lavouras norte-americanas, em função do clima quente e seco no cinturão de produção do país, conforme acredita Pimentel. A expectativa é que o departamento norte-americano revise para baixo as projeções de produtividade das lavouras de soja, especialmente, nos estados de Iowa e Illinois, no boletim da próxima da segunda-feira (9).

“Os mapas climáticos apontam para temperaturas altas, clima seco e chuvas esparsas. A menos que haja precipitações de cobertura ampla no Meio-Oeste dos EUA, essas quedas não assustam. Hoje, temos um novo patamar na soja de US$ 13/bushel e, acho improvável que a gente trabalhe a safra 2014 abaixo desse nível”, explica o analista. 

Por: João Batista Olivi/Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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