DA REDAÇÃO: Capacidade competitiva da agricultura brasileira aumenta com novo patamar cambial
Apesar da expectativa de que a produção mundial de soja alcance patamares elevados, alguns países produtores enfrentam problemas com o clima.
Esse é caso dos EUA, onde as lavouras sofrem com uma seca maior do que o esperado em um momento de consolidação dos grãos, o que impões riscos na garantia de uma super safra. Nas áreas produtoras da China também ocorrem problemas climáticos, com enchentes que podem prejudicar a safra de soja do país.
Por outro lado, este ano o Brasil já atingiu 20 bilhões de dólares em exportações de soja até o final do mês de agosto e, considerando também o farelo e óleo, esse número chega a quase 25 bilhões de dólares. Esse valor está 20% acima do ano passado, sendo que apenas em agosto o país exportou o dobro do que em 2012.
De acordo com o Pesquisador da USP, Marcos Fava Neves, a expectativa é que o Brasil ultrapasse os 40 bilhões de dólares em exportações, ou seja, é uma grande quantidade de dólar entrando no país: “Com essa nova situação cambial isso pode trazer um pouco de conforto para compensar as nossas deficiências que crescem na área trabalhista, de tributos e de transportes”.
Neves ainda afirma que esse novo câmbio brasileiro também faz com que haja uma tendência de redução do preço mundial, não só da soja, mas também do açúcar e do suco de laranja, o que diminui o incentivo para que outros países continuem produzindo: “Com esse novo câmbio, voltei a ficar muito otimista com a agricultura brasileira nos próximos anos porque a capacidade competitiva do país aumentou”.