DA REDAÇÃO: Capacidade competitiva da agricultura brasileira aumenta com novo patamar cambial

Publicado em 04/09/2013 14:42 e atualizado em 04/09/2013 17:29
Apesar da expectativa de que a produção mundial alcance patamares elevados, alguns países produtores enfrentam dificuldades climáticas, como os EUA, que agora sofre com a seca e poderá ser também prejudicado pelas geadas precoces nas próximas semanas. Na China, há com regiões produtoras alagadas. O Brasil, no entanto, surpreende com a produção e exportação de soja.

Apesar da expectativa de que a produção mundial de soja alcance patamares elevados, alguns países produtores enfrentam problemas com o clima.

Esse é caso dos EUA, onde as lavouras sofrem com uma seca maior do que o esperado em um momento de consolidação dos grãos, o que impões riscos na garantia de uma super safra. Nas áreas produtoras da China também ocorrem problemas climáticos, com enchentes que podem prejudicar a safra de soja do país.

Por outro lado, este ano o Brasil já atingiu 20 bilhões de dólares em exportações de soja até o final do mês de agosto e, considerando também o farelo e óleo, esse número chega a quase 25 bilhões de dólares. Esse valor está 20% acima do ano passado, sendo que apenas em agosto o país exportou o dobro do que em 2012.

De acordo com o Pesquisador da USP, Marcos Fava Neves, a expectativa é que o Brasil ultrapasse os 40 bilhões de dólares em exportações, ou seja, é uma grande quantidade de dólar entrando no país: “Com essa nova situação cambial isso pode trazer um pouco de conforto para compensar as nossas deficiências que crescem na área trabalhista, de tributos e de transportes”.

Neves ainda afirma que esse novo câmbio brasileiro também faz com que haja uma tendência de redução do preço mundial, não só da soja, mas também do açúcar e do suco de laranja, o que diminui o incentivo para que outros países continuem produzindo: “Com esse novo câmbio, voltei a ficar muito otimista com a agricultura brasileira nos próximos anos porque a capacidade competitiva do país aumentou”.

Por: João Batista Olivi e Paula Rocha
Fonte: Notícias Agrícolas

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