DA REDAÇÃO: Volatilidade no mercado da soja nesta quinta-feira (5)

Publicado em 05/09/2013 13:38 e atualizado em 05/09/2013 16:10
Grãos: Frente às incertezas climáticas, mercado internacional de grãos opera com volatilidade. Chuvas previstas para a próxima semana não serão suficientes para recuperar as perdas nas lavouras de soja. Consultorias já revisaram para baixo as projeções para a safra norte-americana.

Nesta quinta-feira (5), o mercado da soja está bastante volátil, com mudanças nos mapas climáticos dos EUA e com a posição dos fundos, que em certos momentos compram e em outros vendem. Nesse cenário, a direção do mercado ainda não é muito clara, mas as cotações começam a se recuperar na Bolsa de Chicago e os fundos devem voltar a comprar caso o clima se firme.

De acordo com o analista de mercado, Daniel D Avila, todos os grupos de análise indicam uma safra de soja menor do que a estimativa do USDA, com isso o mercado deveria estar subindo nesse momento se não fossem as condições climáticas. Porém, para a chuva realmente causar impacto no mercado ela tem que de fato acontecer, mas, por enquanto, apenas as previsões fazem o mercado oscilar.

O USDA possui várias agências independentes dentro do departamento e que possuem opiniões divergentes, deixando o mercado confuso e sem muita credibilidade nas informações. No entanto, Daniel afirma que quando o USDA estimava uma safra de 93,6 milhões de toneladas, os analistas privados falavam em 88 milhões de toneladas e depois o Departamento de Agriculta dos EUA acabou corrigindo esse número. Nesse momento, os analistas estimam uma safra em torno de 86 milhões de toneladas e aguardam os dados do USDA na próxima quinta-feira (12).

O estoque de passagem nos EUA é muito baixo e com a previsão de uma safra menor, os estoques têm uma projeção bastante ruim para o próximo ano, podendo complicar a situação no país. Porém, segundo Daniel, o USDA tem ferramentas para mexer nesse número, como as exportações para a China, que deveriam ser em torno de 69 milhões de toneladas, mas, nesta última quarta-feira (11), uma das agências do departamento já reduziu essa previsão para 67,5 milhões de toneladas, ou seja, por meio disso o número do estoque de passagem fica maior, porém não se sabe realmente se terá o estoque físico.

Por: João Batista Olivi e Paula Rocha
Fonte: Notícias Agrícolas

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