DA REDAÇÃO: Soja encerra pregão eletrônico da CBOT em alta
Nesta sexta-feira (6), a soja encerrou o pregão eletrônico da Bolsa de Chicago em alta, com o vencimento setembro subindo mais de 10 pontos.
De acordo com Leonardo Mussury, da Bocchi Administradora de Negócios, o mercado da soja deve se manter volátil até a definição da safra norte-americana, com os fundos realizando lucros em alguns momentos e comprando em outros. No mercado interno, a soja em Dourados (MS) está em torno de R$ 67,00/saca, com referência para liquidação no Porto de Paranaguá ou Santos. Os produtores aguardam as previsões climáticas dos EUA na expectativa de preços melhores.
O mercado também espera a divulgação do relatório do USDA na próxima quinta-feira (12), justamente pelas condições climáticas nos EUA. Leonardo afirma que sempre quando irá sair alguma informação sobre a safra, o mercado fica apreensivo e, nesse momento, nunca houve tanta volatilidade, tanto no câmbio, quanto em Chicago, que oscila devido ao clima e também ao câmbio.
Por outro lado, os preços do milho melhoraram um pouco, com o produtor retendo a oferta para buscar bons preços e com o governo fazendo alguns contratos de Pepro. No entanto, ainda assim, os preços estão aquém do mínimo. Segundo Leonardo há muito milho no mercado, sendo que, mesmo com os problemas climáticos, a safra norte-americana deve ficar em torno de 340 milhões de toneladas, e, com isso, é difícil o mercado subir.
Para a safra de soja dos EUA, as primeiras estimativas apontavam uma produção de 93 milhões de toneladas, enquanto as atuais previsões indicam cerca de 85 milhões de toneladas. Nesse cenário, com a demanda aquecida e a expectativa de que apenas a China irá comprar 10% a mais do volume comprado em 2012, a soja pode viver uma situação de racionamento.
Na próxima semana, o mercado internacional da soja continua dependendo do clima. Leonardo diz que se não chover e ocorrerem mais deteriorações nas condições de lavoura, o que sinaliza uma safra menor, os preços não devem ter riscos. Porém, para o milho, caso o governo não faça uma intervenção, as perspectivas não são favoráveis para os preços, já que existe uma grande oferta.