DA REDAÇÃO: Governo publica parâmetros para contratos de opções de venda de café

Publicado em 06/09/2013 13:08 e atualizado em 06/09/2013 16:57
Café: Contratos de opção serão bem vindos para estabilizar os preços, mas não irão amenizar a crise do setor. Produtores possuem compromissos com financiamentos de setembro a dezembro e irão ter de desembolsar mais dinheiro para preparar o café para os leilões e também para os prêmios do leilão.

Nesta sexta-feira (6), foram publicados no Diário Oficial da União pelo Ministério da Agricultura e pelo Ministério da Fazenda os parâmetros para os contratos de opções de venda de café para 3 milhões de sacas no valor de R$ 343,00/saca.

A entrega das opções está marcada para o dia 31 de março de 2014 e será realizada pela Conab em 3 leilões com recursos das operações oficiais de crédito. O café exigido é o tipo 6 bebida dura com até 86 defeitos, peneira 13 acima e teor de umidade até 12,5. Uma das exigências é que só poderão participar do leilão os produtores que estiverem em situação regular no sistema de cadastro unificado de fornecedores e, na data do exercício das opções, estarem adimplentes.

A CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) afirma que essa portaria chegou atrasada, propiciando a queda dos preços do café, que chegou a uma média de R$ 281,00/saca, enquanto o preço mínimo é R$ 307,00/saca e, mesmo com as opções a R$ 343,00/saca, muitos produtores continuarão no prejuízo, uma vez que em regiões montanhosas o custo de produção do café é R$ 350,00. Na próxima semana sairá o aviso sobre os contratos de opções e, só após 5 dias, as operações terão início.

Segundo o Presidente do Sindicato Rural de Monte Santo de Minas (MG), Olinto Paulino da Costa, essas medidas chegaram muito tarde, já que o produtor que participará do leilão ainda terá o custo de preparar o café, mais a sacaria e o pagamento do prêmio, o que vai diminuir o valor de R$ 343,00/saca para R$ 310,00/saca: “Os financiamentos dos produtores começam a vencer do dia 15 de setembro até dezembro e o governo só entregará as opções em março do próximo ano, ou seja, não irá ajudar quase em nada a cafeicultura”.

Por: João Batista Olivi e Paula Rocha
Fonte: Notícias Agrícolas

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