DA REDAÇÃO: Demanda da China por milho deve crescer consideravelmente e beneficiar o Brasil
Em véspera da divulgação de mais um relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), este considerado por analistas muito importante, visto os problemas climáticos enfrentados durante o plantio e o desenvolvimento da safra norte-americana, os contratos futuros dos grãos terminaram a quarta-feira (11) próximos da estabilidade na Bolsa de Chicago.
A expectativa é de que, após o anúncio deste relatório, os preços internacionais trabalhem na sessão do dia em alta, uma vez que consultorias privadas já reduziram suas projeções antes da divulgação do órgão oficial.
Entre as notícias do dia, o Centro Nacional de Informações sobre Grãos e Óleos da China divulgou suas estimativas para a nova safra de grãos do país, projetando aumento para o milho e recuo para a soja. A produção de milho foi estimada em 215 milhões de toneladas, aumento de 4,6% em relação à safra anterior. Já a colheita de soja poderá recuar 4,2% este ano e chegar a 12,5 milhões de toneladas.
Apesar desse aumento aumento esperado para a safra chinesa de milho, o consultor de mercado do SIMConsult, Liones Severo, afirma que trata-se de um aumento considerado "insuficiente" para a demanda pelo cereal. Segundo ele, o consumo de carne no país tem crescido de 7 a 8% ao ano, o que não limitaria a procura pelo cereal que é base na produção de ração animal.
Diante desse cenário, o consultor vê um bom cenário para a produção do milho na América do Sul, principalmente para a super safrinha que foi plantada no Brasil. Enquanto não entra no mercado a safra norte-americana, também aguardada em grandes volumes, a China tem importando também sorgo.