DA REDAÇÃO: Feijão preto pode ser boa alternativa para produtores

Publicado em 12/09/2013 09:10 e atualizado em 12/09/2013 16:45
Feijão: Safra norte-americana começa a ser colhida e consumo cresce. Com isso, país deve exportar menos, o que deve abrir espaço para outros mercados. No Brasil, o cultivo do feijão preto deve ser uma alternativa interessante para os produtores rurais.

Os EUA vem abastecendo o mercado do México e outros países com algumas variedades de feijão, como o carioca americano. Nesse momento, o país está no início da colheita da sua safra e, além do feijão carioca, o país também tem uma boa produção de feijão preto. O consumo interno norte-americano vem crescendo e a oferta será cada vez menor para o restante do mundo, o que abre uma janela de oportunidade para os produtores brasileiros, desde que se disponham a produzir também essas variedades que são consumidas em outros países.

O analista de mercado da Correpar, Marcelo Lüders, acredita que é interessante para o produtor brasileiro apostar no feijão, uma vez que até mesmo o preço mínimo é razoável atualmente, permitindo uma boa garantia desde que o governo coloque recursos a tempo posteriormente.

No início do próximo ano deve haver uma menor oferta mundial de feijão preto, com isso a cultura pode ser uma alternativa interessante para os produtores, já que se todos se voltarem para o feijão carioca e para o milho, haverá boas oportunidades de ganho no feijão preto. Além disso, ano a ano o Brasil vem aumentando o consumo de feijão preto e com todos os agricultores produzindo outras culturas, não haverá espaço para plantar tudo o que o país consome.

Neste ano a China diminuiu um pouco a sua área de plantio de feijão preto e também enfrentou graves problemas com chuvas. Além disso, Cuba e Venezuela precisarão de uma boa quantidade este ano e o Brasil a partir do dia 1 de dezembro volta a ter o imposto de importação de 10%. Com esses fatores, Lüders afirma que o feijão preto continuará sendo bastante interessante, uma vez que atualmente o seu preço mínimo também é diferenciado e no início do próximo ano os preços podem atingir patamares historicamente mais altos.

Por: Kellen Severo e Paula Rocha
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Terceira geração de família de agricultores deixa raízes no RS e parte para abrir terras em Juína, no Mato Grosso
Campeão do “Melhor História de um Agricultor” quis que sua história fosse exemplo para outras pessoas
Finalista do “Melhor História de um Agricultor” destaca honra e responsabilidade de contar história da família
Em Laguna Carapã/MS, lavouras de milho safrinha já devem registrar perda de produtividade depois de 15 dias de seca
Chuvas irregulares já interferem no potencial produtivo da safra de soja no RS mas produção ainda pode ser recorde no estado