DA REDAÇÃO: Com problemas climáticos, safra de trigo argentina não deve ultrapassar 12 milhões de toneladas
No Brasil, o clima prejudicou as lavouras de trigo, principalmente na região Sul. Porém, na Argentina a expectativa é ainda pior, com temperaturas negativas que podem comprometer a produtividade das lavouras.
De acordo com o Presidente do Moinho Pacífico, Lawrence Pih, na última semana houve um evento climático adverso na Argentina que prejudicou o trigo e, nesse momento, a expectativa é que a safra não ultrapasse 12 milhões de toneladas, o que renderia cerca de 5 milhões de toneladas para exportar: “Os efeitos climáticos também atingiram o Paraguai e o Uruguai, com isso o MERCOSUL está em uma situação complicada e os moinhos já tentam comprar trigo da próxima safra argentina, mas os produtores e exportadores do país não estão vendendo com receio de alguma medida do governo para coibir a exportação devido a esses fatores climáticos”.
No mercado brasileiro, os preços devem permanecer nos níveis atuais, inclusive como base, e com o risco de subir ainda mais, dependendo da safra argentina e do governo. Lawrence afirma que se o governo retirar a TEC os preços não terão mais espaço para subir porque viria trigo de fora do MERCOSUL isento de TEC e com mais competitividade. No entanto, a expectativa é que o preço do trigo nacional fique entre R$ 950,00 e R$ 1.000,00 por tonelada.
No Paraná (PR) a safra já está quase definida e, no mínimo, ocorreu uma quebra de 1,2 milhões de toneladas no estado, sendo que o trigo que está sendo colhido ainda é de baixa qualidade e parte dele deve ser utilizado para ração animal, mas espera-se que com o avanço da colheita a qualidade melhore.
No Rio Grande do Sul (RS) o clima também está preocupando bastante os produtores devido ao excesso de chuvas que podem prejudicar a qualidade e também as questões fitossanitárias do trigo. Com isso, nos próximos 30 dias as condições climáticas no estado são crucias para a qualidade e quantidade da produção.