DA REDAÇÃO: Suíno – No RS, preços apresentam nova valorização e quilo do suíno vivo é comercializado a R$ 3,60

Publicado em 01/10/2013 12:22 e atualizado em 01/10/2013 16:08
Suíno: No RS, preço pago quilo do suíno aumentou R$ 0,11 e alcança R$ 3,60. Retomada das exportações para a Ucrânia dão sustentação às cotações, assim como a demanda aquecida no mercado interno. Custos de produção permanecem elevados. Momento é de recuperação do setor, após longo período de crise.

No Rio Grande do Sul, os preços do suíno vivo apresentaram nova valorização esta semana. O quilo do suíno vivo é negociado a R$ 3,60, um aumento de R$ 0,11 em relação à cotação praticada na semana anterior, de R$ 3,49. A alta nos valores é decorrente da retomada das exportações da carne brasileira para a Ucrânia.

Além disso, a demanda aquecida no mercado interno frente a uma oferta mais ajustada também contribui para essa firmeza nos preços. Segundo o presidente da Acsurs (Associação dos Criadores de Suínos do RS), Valdecir Folador, o valor é razoável e deixa uma margem de lucros aos suinocultores, após um longo período de crise.

“Faz com que o produtor comece a recuperar financeiramente na atividade depois das dificuldades no primeiro semestre deste ano, com os custos de produção elevados e baixos preços. E o mercado sinaliza que teremos uma demanda contínua tanto no mercado interno como no externo e com a oferta ajustada, deveremos manter esses preços no mercado gaúcho”, afirma Folador.

Paralelo a esse cenário, o preço do milho recuou para R$ 26,25, contra R$ 26,33 da semana anterior e o preço da tonelada do farelo de soja subiu para R$ 1.270 à vista, frente aos R$ 1.230 da semana passada. Os custos de produção do quilo do suíno giram em torno de R$ 2,80 em média.

Ainda na visão do presidente, a grande dificuldade é do produtor integrado que consegue negociar o mesmo quilo do suíno a R$ 2,80 ou R$ 2,90, valores próximos aos dos custos de produção.  E grande parte da produção de suínos do RS, está dentro do sistema de integração. 

Diante dessa situação, Folador destaca que o setor se recupera da crise e que o suinocultor não tem intenção de investir na atividade. “Não há intenção de novos empreendimentos e novos interessados em entrar na atividade e ampliar o plantel. Hoje é difícil, pois a suinocultura tem sido uma atividade econômica ingrata ao produtor”, diz o presidente.

Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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