DA REDAÇÃO: Com atraso na colheita dos EUA, soja fecha em alta na CBOT

Publicado em 08/10/2013 10:48 e atualizado em 08/10/2013 15:33
Grãos: Mercado segue se comportando de forma técnica diante da falta da informações oficiais sobre o andamento da nova safra dos Estados Unidos. No entanto, futuros da soja ainda encontram suporte no atraso do colheita em função das chuvas que chegam ao Meio-Oeste americano.

Nesta terça-feira (8), a soja encerrou o pregão eletrônico da Bolsa de Chicago com pequenas altas. Segundo o analista de mercado, Eleandro Mori, o mercado vem se mantendo em alta nos últimos pregões devido ao excesso de chuvas que ocorre nos EUA, o que atrasou o andamento da colheita.

No entanto, a maior preocupação do mercado é em relação aos dados oficiais do USDA, os quais não estão sendo divulgados. Ontem (7) haveria a divulgação dos dados de exportação e colheita, mas isso não ocorreu e o relatório de oferta e demanda que seria divulgado na próxima sexta-feira (11) também deve ser adiado. Com isso, o mercado opera sem os números oficiais e segue dados mais técnicos, principalmente de análise gráfica.

“Com a chuva atrasando a colheita nos EUA, os preços mantêm um suporte frente à baixa oferta de produto no mercado, que trabalha em cima dessas informações, mas o andamento da colheita acabará pressionando as cotações”, afirma Mori.

Milho: Hoje (8) o grão fechou o pregão eletrônico da CBOT em baixa, com o mercado também operando de lado devido à falta de informações oficiais do USDA. Mori acredita que o preço do milho ainda tem espaço para cair, porém esses níveis devem ser sustentados em função do trigo, uma vez que falta trigo no mercado e, com isso, aumenta o consumo de milho para ração animal.

Em Sorriso (MT), o preço do milho está entre 8 e 9 reais a saca, o que não traz renda para o produtor rural. Frente a esse cenário, na próxima safra os agricultores devem diminuir a área ou os investimentos em tecnologia para o grão, dando prioridade ao plantio de soja, com isso, em longo prazo, a tendência de preços para o milho pode mudar.

Por: Carla Mendes e Paula Rocha
Fonte: Notícias Agrícolas

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