DA REDAÇÃO: Brasil precisa de gestores para cuidar do mercado de café, diz Superintendente da Cooparaíso
O mercado de café está dominado por informações baixistas alimentadas pela pressão vendedora dos fundos. O cenário internacional é complexo e permite esse tipo de comportamento e o mais complexo é que no Brasil não há uma reação de informações ou de instituições preparadas para fazer frente a esse jogo, que é um jogo de informação e expectativas, no qual o papel do Brasil é preponderante por ser o maior produtor e segundo maior consumidor de café do mundo.
No ano passado, a expectativa era que o país tivesse uma safra de 60 a 63 milhões de sacas de café, mas as estimativas finais apontam 48 milhões de sacas. Isso gerou um ambiente de insegurança em 2012 e percebe-se que a safra não foi tão grande, e, mesmo assim, começam a estimar que a próxima safra será de 60 milhões de sacas. Porém, segundo Francisco Ourique, Superintendente da Cooparaíso, isso não deve ocorrer dada a irregularidade das lavouras do interior.
O mercado internacional, diariamente, divulga notícias deprimindo a situação do mercado de café e que não correspondem a realidade. Ourique afirma que uma produção de 48 milhões de sacas, com um consumo de 20 milhões de sacas no Brasil, o excedente exportável do país fica abaixo dos últimos 2 anos.
“Uma cultura perene de um produto não perecível precisa de gestores públicos que trabalhem cuidando do mercado. 220 mil produtores em 6 estados do país não irão dar conta do recado, é preciso ter uma instituição capaz de enfrentar o comércio de café que não muda com o passar dos anos”, completa Ourique.