Ronaldo Caiado admite que pode ser candidato à Presidência pelo DEM

Publicado em 15/10/2013 13:52 e atualizado em 16/10/2013 07:33
Ronaldo Caiado admite aceitar ser candidato à Presidência da República pelo partido Democratas. Falta somente o diretório executivo do DEM confirmar a decisão. Caiado destaca que a agropecuária é o único setor do Brasil que é referência internacional e isso deverá ser colocado para a sociedade nos debates.

O processo eleitoral para a Presidência da República estava começando com 3 candidatos: A atual Presidente Dilma Rousseff pelo PT, Aécio Neves pelo PSDB e o Eduardo Campos pelo PSB. Nesse cenário, o Deputado Federal, Ronaldo Caiado (DEM/GO), grande defensor do agronegócio, estava apoiando o candidato Eduardo Campos, porém a ex-senadora Marina Silva se coligou ao PSB e afirmou não querer em seu palanque o Deputado Caiado, uma vez que ele representa os ruralistas, e disse ainda que esse é o setor mais atrasado do país, além de uma série de outras agressões, as quais muitas pessoas foram contra alegando que isso foi uma agressão a todos os produtores rurais do Brasil.

Com isso, nesta terça-feira (15) o partido Democratas começou a se reunir para realizar uma avaliação sobre a possível candidatura do Deputado Ronaldo Caiado à Presidência da República. Caiado afirma que está disposto a encabeçar essa luta: “Eu tenho que respeitar o meu partido, nós tivemos uma reunião hoje (15) e esse processo irá avançar, mas estou disposto sendo esse o sentimento do partido”.

O Deputado diz ainda que a tese conservadora brasileira está totalmente demonizada atualmente, como se não pudesse participar de uma candidatura e não pudesse demonstrar o seu lado: “Pesquisas apontam que 49% dos brasileiros concordam com as nossas ideias, então temos que ser coerentes e ter a coragem de colocar a nossa pauta para que a sociedade decida quem realmente pode governar o país com independência moral e intelectual”.

Quanto ao apoio de Caiado ao candidato Eduardo Campos, desde o mês de março o Deputado já havia sido recebido por Campos em uma conversa aberta no sentido de deixar claro que o Brasil já não suporta mais campanhas políticas que querem crucificar alguém como um inimigo público. Segundo Caiado, precisamos evoluir para uma política sem essa questão: “Conversamos muito para poder ouvir todas as tendências do país e ele, como um candidato a Presidente, chegando à presidência teria um comportamento de estadista e mediador, definindo os rumos e ouvindo todos os lados”.

No entanto, Ronaldo Caiado foi surpreendido pela filiação de Marina Silva ao PSB e também pelas críticas da ex-senadora dizendo que eles eram inimigos históricos. Para o Deputado Caiado, Eduardo Campos estava produzindo um momento diferente no Brasil, com espaço para as ideias, com um ponto de concórdia na área do meio-ambiente, do produtor rural e da conciliação com as comunidades indígenas, buscando um país que não fosse aquele de eleger um inimigo. Porém, o Deputado ficou surpreso quando recebeu a atitude intolerante de Marina Silva.

“No Congresso Nacional perdemos e ganhamos votações, mas não declaramos ninguém como inimigos históricos, isso é um rancor inaceitável nos dias de hoje, já que a beleza do parlamento e da democracia é justamente o debate entre pessoas que tem ideias diferentes”, afirma o Deputado Ronaldo Caiado.

Após as críticas de Marina Silva, todas as entidades ruralistas nacionais repudiaram essa atitude, quando então a ex-senadora alegou levar o caso como de ordem pessoal: “Eu não tenho nada de ordem pessoal com a ex-senadora, sempre na casa eu defendi o que eu acredito de maneira frontal e nunca transformei meus debates na Câmara dos Deputados em eleger inimigos, então acho que isso é intolerância e hostilidade ao produtor rural”, completa Caiado. A agricultura é o setor de sustentação da economia brasileira e não existe nenhum outro segmento da economia em que o trabalhador tenha uma relação tão próxima com os seus funcionários, fazendo com que não seja necessário criar uma situação como essa nos dias de hoje.

Por: João Batista Olivi e Paula Rocha
Fonte: Notícias Agrícolas

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