DA REDAÇÃO: Milho - Ataque do percevejo barriga verde preocupa os produtores de Laguna Carapã (MS)

Publicado em 31/03/2014 10:36 e atualizado em 31/03/2014 14:17
Milho: Em Laguna Carapã (MS), ataque do percevejo barriga verde preocupa os produtores rurais. Cerca de 4 aplicações de inseticidas já foram feitas nas lavouras para tentar controlar a praga e custos de produção já estão mais altos. Clima adverso no início do plantio também pode prejudicar a produtividade do cereal.

Na região de Laguna Carapã (MS), o ataque de percevejo barriga verde preocupa os produtores rurais. Nesta safra, o ataque da praga está mais intenso e os agricultores já fizeram até 4 aplicações de inseticida para tentar controlar o percevejo. Consequentemente, os custos de produção já estão mais altos nesta temporada.

De acordo com o técnico agrícola da Bio Rural, Antônio Rodrigues Neto, o aumento nos custos giram em torno de 6 a 7 sacas de milho. “Não sabemos de onde surgiu o percevejo, a infestação foi rápida e muitas áreas foram danificadas. Os agricultores deverão ficar atentos também na próxima safra, pois a praga é bastante rápida”, explica.

A praga ataca as plantas de milho ainda pequenas e emite uma toxina e retarda o desenvolvimento das plantações. Após o ataque do percevejo, as plantas dificilmente voltam a produzir, conforme destaca o técnico agrícola. 

Além disso, os produtores já trabalham com a expectativa de uma redução na produtividade devido às adversidades climáticas. No início do plantio, as chuvas atrasaram a semeadura do grão e boa parte da safra foi cultivada depois do término da janela ideal de plantio.

Apesar desse cenário, a perspectiva é que a média da produtividade das lavouras fique próximo ao registrado no ano anterior, de 70 sacas por hectare. “Atualmente, o clima tem contribuído com o desenvolvimento da plantas e ainda esperamos que o milho tenha um bom resultado produtivo”, ratifica Neto. 

Em contrapartida, os preços do milho na região têm oscilado bastante. Os produtores já tiveram contratos de até R$ 21,00, mas as cotações retornaram ao patamar de R$ 19,00. Ainda nesse nível, o técnico agrícola sinaliza que, é um valor inviável e os preços deveriam ficar acima de R$ 20,00 para cobrir os custos de produção e deixar uma margem ao agricultor.

Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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