DA REDAÇÃO: EUA devem subir ainda mais os preços da soja para racionar a demanda

Publicado em 16/04/2014 19:07
Grãos: Soja continua registrando altas em Chicago e, de acordo com analista, os Estados Unidos precisarão subir cotações a níveis que provoquem o racionamento da demanda. Já o milho tem estoques mais confortáveis e clima ficará mais favorável para plantio na semana que vem.

Com estoques cada vez mais baixos e demanda firme, os preços da soja continuam sustentados na Bolsa de Chicago. Os volumes de esmagamento e as exportações seguem acelerados, fazendo com que seja necessário que os Estados Unidos comprem até 1,8 milhão de toneladas de soja do Brasil para atender sua demanda. 

De acordo com Marcos Araújo, analista da Agrinvest, a soja está 'no fio da navalha' e será preciso elevar os preços do contrato julho a níveis de racionamento de demanda para manter um nível de estoque de passagem razoável. "Se você considerar uma produtividade de 50,5 sacas por hectare,  o que seria um recorde, você tem uma chance de uma recuperação dos estoques, mas isso contando com um clima mais do que perfeito, o que é difícil acontecer". Se a produtividade for de 47 sacas /hectare, segundo o analista, os estoques finais ficarão bem menores do que nesta temporada. 

O clima nos EUA continuará provocando volatilidade nos preços na Bolsa de Chicago, de acordo com o analista. "Qualquer ameaça do clima na produção de soja Chicago deve repercutir com grandes altas". 
 
Já para o milho, segundo Araújo, os estoques está um pouco mais confortáveis e o clima para o plantio deve ficar mais favorável a partir de sexta-feira. No ano passado, os EUA plantaram 40% de sua safra de milho em 7 a 8 dias. 

Araújo alerta que o produtor deve ficar atento aos preços para realizar suas vendas e, segundo ele, o intervalo entre os dias 15 e 20 de junho costumam registrar fortes altas. "Em mais de 20 anos de Chicago, os melhores preços futuros da soja em Chicago ocorrem entre o dia 15 a 20 de junho, então é momento do produtor ficar atento à estes movimentos climáticos e altas do preços e garantir em fixação futuras e preços que remunerem a soja do Brasil". 

Fonte: Notícias Agrícolas

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