DA REDAÇÃO: Produtores de feijão fecham negócios com valores abaixo dos preços mínimos

Publicado em 05/05/2014 13:55 e atualizado em 05/05/2014 17:48
Feijão: Compras anunciadas pelo governo, através de AGF, ainda não aconteceram. A preocupação é que os preços caiam mais, já que o custo de produção está muito elevado pelo uso da eletricidade utilizada no plantio irrigado, única maneira possível de produção em MG. Importação do produto chinês incentivado pelo governo também afeta a produção nacional.

No início do ano, a Conab anunciou que iria fazer compras de feijão nos estados em que os preços mínimos estavam abaixo do esperado, por meio da Aquisição do Governo Federal (AGF), com desembolsos que poderiam chegar a R$ 100 milhões. Segundo conta o coordenador da assessoria técnica da FAEMG, Pierre Vilela, essas compras não foram efetuadas e produtores estão fechando negócios com pvalores muito abaixo dos preços mínimos, que atualmente é de R$95 por saca. 

Ao contrário de outras culturas, como a soja que pode ser estocada por um longo período. o feijão necessita ser despachado rapidamente para não perder sua qualidade. Como os produtores aguardaram a venda dos estoques para o governo, os grãos escureceram e não há compradores para o produto, visto que os consumidores preferem comprar o feijão com a coloração mais clara. Com esse cenário, os produtores acabaram gastando com o beneficiamento do produto e com a estocagem e aumentando ainda mais os custos de produção.

A próxima safra tem previsão de ser cheia e acontece no período de seca. Vilela explica que em Minas Gerais a única maneira viável é o plantio irrigado, que necessita de energia elétrica, o que aumenta ainda mais os custos da produção. Além disso, o incentivo do governo pela importação do feijão chinês, para manter os preços baixos para o consumidor final, também afetam a critica situação dos produtores. 

Por: João Batista Olivi // Sandy Quintans
Fonte: Notícias Agrícolas

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