DA REDAÇÃO: Brasil possui grande potencial de produção de subproduto utilizado na alimentação animal
Os preços do milho estão pressionados no mercado interno com a aproximação da chegada da nova safra. Ricardo Giannini da Céleres Consultoria explica que existe uma pressão por parte da indústria de ração e de avicultores para que os preços permaneçam mais baixos, por isso, produtores estão segurando as vendas a espera de valores melhores. Com o término das colheitas da nova safra em outubro, os preços devem melhorar para os produtores e seguir até janeiro em boa situação.
Em relação ao mercado externo, Giannini explica que a situação não está tão bem definida. A safra americana segue em bom ritmo de plantio, o que faz com que os preços fiquem pressionados em Chicago, tanto para o milho quanto para a soja.
Giannini também falou sobre o potencial de produção de Dried Distillers Grains with Solubles, chamado de DDGS, um subproduto do farelo de milho utilizado na fabricação de etanol. O DDGS é um farelo enriquecido com 30% de proteína e 35% de profat, o que torna uma excelente opção para a nutrição animal. O subproduto pode substituir em até 30% na alimentação de suínos e 40% para o gado, além de ser uma opção mais barata que o farelo de soja, utilizado atualmente para essa finalidade.
Para Giannini, o Brasil possui um grande potencial de fabricação de etanol de milho, principalmente pela grande produção e localização de Mato Grosso e Goiás. Com isso, esses estados poderão abastecer a região norte do país. A expectativa é que em dez ou nove anos o país esteja produzindo de 2,5 a 3 milhões de metros cúbicos de etanol de milho.