DA REDAÇÃO: Apesar da estiagem, perdas nas lavouras de soja e milho foram menores do que o projetado no Oeste da Bahia
Apesar dos baixos volumes de chuvas registrados entre os meses de janeiro e fevereiro, as perdas nas lavouras de soja e milho no Oeste da Bahia foram menores do que o projetado. Com o término da colheita, a produtividade da oleaginosa ficou entre 47 e 48 sacas por hectare e no cereal em torno de 155 sacas por hectare. Ambos os rendimentos ficaram abaixo do esperado pelos produtores de 60 sacas no caso da soja e 180 no cereal.
De acordo com o engenheiro agrônomo, Armando Ayres de Araújo, a cultura do milho foi a mais prejudicada, uma vez que no período da estiagem, as plantas estavam em fase de enchimento de grãos. Além disso, o ataque de pragas, nas plantações de soja com a mosca branca, aumentaram os custos de produção nesta safra.
“Já no milho a preocupação foi com as tecnologias que estão perdendo a eficácia. Em algumas variedades, os produtores tiveram que realizar de 5 a 6 aplicações de inseticidas para tentar controlar as lagartas. Acreditamos que essa situação é decorrente da utilização da mesma tecnologia e não adoção das áreas de refúgio”, explica o engenheiro.
Em relação aos preços, Araújo destaca que para a soja as cotações giram em torno de R$ 63,00 até R$ 65,00. Entretanto, apenas estão sendo cumpridos os contratos feitos anteriormente. No milho, os produtores estão mais cautelosos e seguram as vendas à espera de preços melhores. Recentemente, os preços que já estiveram mais altos recuaram para R$ 22,00.
“Os valores cobrem os custos de produção, entretanto, os produtores que tiveram quebra na safra em anos anteriores terão que repor os custos e a margem pode ficar um pouco ajustada”, acredita Araújo.
Algodão
Os produtores rurais irão iniciar a colheita do algodão no início de junho e as expectativas são boas. A perspectiva é que a produtividade média das lavouras alcance até 270 arrobas por hectare, do mesmo modo, a expectativa para os preços são positivas.