DA REDAÇÃO: Milho confirma dia de perdas no mercado global

Publicado em 11/06/2014 19:04 e atualizado em 12/06/2014 15:41
Milho: Sob impacto do relatório do USDA preços caem em Chicago e na BM&F. No mercado interno o começa da colheita da grande safra faz com que os preços fiquem abaixo do mínimo no MT. No Brasil central, FAEG solicita do governo preparação para lançamento de opções de sustentação de preços.

Sob o impacto da divulgação de relatório do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que confirmou uma grande safra de milhos nos Estados Unidos, mais a perspectiva da entrada da segunda safra de milho no Brasil, confirmaram a expectativa de perdas nesta quarta-feira (11) na CBOT (Bolsa de Valores de Chicago) e na BM&F (Bolsa de Mercadoria e Futuros de São Paulo), respectivamente.

Na bolsa norte-americana, “o impacto no mercado veio no sentido de consolidar a expectativa de uma grande safra”, falou Pedro Arantes, economista e analista de mercado da Faeg (Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás). “O mercado já vinha absorvendo essa expectativa e ajustando os preços. Num primeiro momento, o mercado caiu, mas eu acredito que grandes perdas não devam se consolidar no Brasil”, avaliou.

No cenário brasileiro, Arantes lembrou que o milho está entrando agora na fase de colheira de uma boa safra e as exportações até então estão lentas, pois o produto ainda está acima do valor de paridade, que é de R$ 17,40. No mercado internacional, ainda existe a sinalização de que a China e a Rússia devam aumentar um pouco mais a importação do cereal, mas a tendência de queda deve permanecer até que as mercadorias se consolidem. O mesmo assim que as exportações só se tornarem viáveis.

Enquanto isso não acontece e já visando conter essa queda iminente, o Governo Federal poderá realizar suas operações de compra assim que começar a safra. Esse cenário atinge tanto o Mato Grosso, como algumas regiões de Goiás (Mineiros e Rio Verde), onde o preço já está bem próximo do valor mínimo. “Nós já vamos de imediato fazer as solicitações para que fique tudo pronto. A tendência é de encostar, então deixaremos o governo em alerta”, disse o analista. 

Por: João Batista Olivi // Fernando Pratti
Fonte: Notícias Agrícolas

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