DA REDAÇÃO: Vazio sanitário em MG, GO e DF deve trazer restrição na oferta de feijão
Os estados de Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal terão de interromper as atividades do feijão por um mês, devido ao vazio sanitário. A medida foi estabelecida com uma instrução normativa visando o combate do vírus transmitido pela mosca branca, que causa o mosaico dourado. O coordenador da assessoria técnica da FAEMG, Pierre Vilela, explica que o vírus está inviabilizando o cultivo em alguns locais com perdas em toda a produção.
A alternativa técnica para o controle da praga visa erradicar a doença retirando o feijão das lavouras, que com isso irá desenvolver novas gerações da mosca sem o vírus. Apesar de a medida trazer benefícios, os produtores terão um tempo menor para o plantio, o que deve diminuir a oferta. Vilela explica que a medida prejudicou o calendário dos produtores que queriam colher a safra ainda neste ano, pois terão um mês para realizar todo o plantio.
Em relação aos custos, o coordenador conta que a cultura não está trazendo rentabilidade. Com a seca que atingiu os estados produtores, o custo de produção do feijão irrigado pode subir para um valor entre R$ 110 e R$ 115 por saca. Os preços mínimos estão em torno de R$ 98 reais a saca e estão sendo negociadas entre R$60 a R$80, não cobrindo os custos dos produtores.