DA REDAÇÃO: Trigo – Plantio segue em ritmo lento no RS devido ao excesso de umidade

Publicado em 20/06/2014 10:40 e atualizado em 20/06/2014 16:25
Trigo: Plantio do cereal segue atrasado e alcança 35% no estado do RS. Além disso, preços estão mais baixos, em torno de R$ 600,00 a tonelada e agricultores ainda precisam negociar 800 mil toneladas de trigo da safra passada. Com isso, alguns produtores já estão repensando o plantio e colocando as sementes à venda.

No Rio Grande do Sul, o excesso de umidade ainda prejudica o plantio do trigo. Apesar do aumento, de 22% para 35% da área cultivada em uma semana, a semeadura ainda está lenta no estado. A situação também acaba reduzindo a janela ideal de cultivo do cereal.

Segundo o produtor rural e presidente da Associação dos Cerealistas, Dilermando Rostirolla, o clima ainda está muito úmido e precisaria de no mínimo uma semana com sol para dar continuidade aos trabalhos nos campos. Além disso, as chuvas são prejudiciais às lavouras já cultivadas, uma vez que aumenta o risco de doenças. 

Por outro lado, os preços estão baixos, ao redor de R$ 600,00 por tonelada, valor menor do que o registrado anteriormente, de R$ 750,00 a tonelada. “E os custos de produção estão próximos de 42 sacas de trigo por hectare. Essa situação tem inibido os produtores, que estão repensando o plantio e alguns já colocam as sementes à venda. Ainda assim, o plantio do trigo é bom para a soja também, pois deixa o adubo e a palha que protegem o solo”, explica Rostirolla.

Comercialização

A comercialização ainda é uma preocupação dos produtores rurais gaúchos, já que cerca de 800 mil toneladas da safra anterior ainda precisam ser negociadas e os preços estão mais baixos. E agora o Governo brasileiro pode zerar a TEC (Tarifa Externa Comum) para a importação de 1 milhão de tonelada de trigo. 

“Situação que preocupa, é uma pena que não podemos levar o produto para o Nordeste. Não podemos levar pelo mar, pois os navios estrangeiros não podem o produto brasileiro, isso acaba prejudicando o transporte, temos que mudar essa lei”, afirma o produtor rural.

Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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