DA REDAÇÃO: Liberação de cinco indígenas suspeitos gera insegurança no interior do RS

Publicado em 25/06/2014 13:34 e atualizado em 25/06/2014 17:39
Questão Indígena: A liberação dos cinco índios da etnia Kaingang acusados de matar dois produtores em Faxinalzinho (RS) em conflito pode trazer consequências graves para a região. O Estado é omisso para a situação e o clima na região é de impunidade.

A liberação por parte da Justiça Federal de cinco indígenas da etnia Kaingang acusados de matar dois produtores em Faxinalzinho-RS vem causando insegurança e temor entre a população e acirramento da violência na região.  

“Nesse caso específico, foi um massacre comprovado, com tortura e extrema crueldade”, falou Rodinei Candeia, procurador do Estado do Rio Grande do Sul. Segundo ele, no momento da prisão dos suspeitos, houve um momento de calmaria, pois a impressão que se tinha é de que a violência se expandiria. Com a decisão, o temor é de que novamente se acirrem os ânimos. 

O procurador afirmou que ninguém ainda teve acesso à decisão da Justiça. “Não é muito honesto comentar algo que não se viu o julgamento, mas qual seria o fundamento para se libertar?”, questiona ele. Os argumentos que poderiam ser utilizados para a libertação seriam bons antecedentes e residência fixa, mas os fundamentos contrários - como manutenção da ordem pública e risco de intimidação de testemunhas para garantir o processo criminal - estão presentes e seriam mais fortes. 

“A impressão que se tem é de que a decisão foi dada em função da distância que está o Superior Tribunal de Justiça da realidade local. Parece que não entenderam que a situação aqui é muito grave e que as consequências de uma decisão dessas podem ser as piores possíveis”, argumentou Candeia. 
Para o procurador, há uma omissão deliberada do estado brasileiro em impedir a violência partindo dos indígenas. “Se fosse ao contrário, eu duvido que a opinião pública internacional estaria toda mobilizada para manter os assassinos na cadeia”, afirmou. 

 

 

Por: João Batista Olivi // Fernando Pratti
Fonte: Notícias Agrícolas

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