DA REDAÇÃO: Citricultores sofrem com a concentração de indústrias esmagadoras
Os produtores de laranja passam por um período de crise, em que empresas oferecem negociações abaixo dos custos de produção e a demanda segue estagnada. Além disso, existem apenas três grandes empresas esmagadoras que concentram a produção brasileira. O diretor executivo da CitrusBR, Ibiapaba Netto, conta que há algumas pequenas empresas que também realizam o trabalho.
Em relação a concentração das empresas, Netto explica que muitas empresas tradicionais precisaram fechar e que este foi um processo natural para a indústria. Existem informações de que há uma demanda externa maior, mas que não seria possível comprar com produtores brasileiros devido a estas empresas. Netto esclarece que a demanda mundial está estagnada e possivelmente se trataria de um conhecimento de mercado.
O diretor executivo também esclareceu informações sobre o aumento do preço do suco. Parte desse aumento se deve ao custo de produção que também aumentou, e com isso, a indústria e os produtores não aumentaram as margens de lucro. Para Netto, a margem é apertada para toda a cadeia produtiva.
Existe também um debate sobre o aumento da produção própria da indústria, que deixaram de esmagar grandes quantidades dos produtores. Ibiapaba explica que esse foi um investimento encontrado pela indústria, para diminuir os custos de produção. Mesmo que os produtores vejam como uma concorrência é a maneira que as empresas conseguem atender o mercado externo.
Netto conta também que a indústria quer aproximar os produtores, pela Consecitrus, que pode ser um canal para debater a questão. Há quatro anos existe o projeto deste conselho, em que foi apresentado estudos e dados para melhoria de toda a cadeia produtiva. Mas que muitos produtores não conseguiram atender por falta de organização no setor.